EI explode templo em Palmira, patrimônio da humanidade
O templo de Baalshamin começou a ser construído no ano 17 e posteriormente foi ampliado pelo imperador romano Adriano em 130
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2015 às 08h39.
Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) explodiram o templo de Baalshamin na antiga cidade de Palmira, patrimônio da humanidade no leste da Síria , afirmou neste domingo à AFP o diretor de Antiguidades e Museus da Síria.
"O Daesh (acrônimo em árabe do EI) colocou hoje uma grande quantidade de explosivos no templo de Baalshamin para depois detoná-los. O edifício ficou em grande parte destruído", indicou Maamun Abdulkarim.
A parte fechada do templo "foi destruída e as colunas em torno desmoronaram", disse Maamun Abdulkarim.
O templo de Baalshamin começou a ser construído no ano 17 e posteriormente foi ampliado pelo imperador romano Adriano em 130.
Baalshamin é o deus do Céu fenício, irmão mais novo de Malkbel, o deus do Sol.
"Nossas mais sombrias previsões infelizmente estão se realizando", lamentou Abdulkarim.
Os jihadistas "realizaram execuções no teatro antigo, destruíram em julho a famosa estátua do Leão de Athena - que ficava na entrada do museu de Palmira - e transformaram o museu em tribunal e prisão".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou a destruição do monumento histórico.
A conquista de Palmira pelo EI, em maio passado, foi considerada um desastre pela Unesco e a comunidade internacional.
Na terça-feira, o EI assassinou o ex-diretor de Antiguidades de Palmira Khaled al-Assad, cujo corpo foi pendurado em um poste.
Palmira, um oásis no meio do deserto, abriga as monumentais ruínas de uma grande cidade que foi um dos maiores centros culturais do mundo antigo. A cidade é considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco.
O EI, que considera idólatras as obras pré-islâmicas, especialmente as esculturas, executou mais de 200 pessoas em Palmira após capturar a cidade, incluindo 20 reféns no teatro antigo.
Em julho passado, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse que a destruição de obras de arte e bustos funerários em Palmira, "em praça pública e diante de cidadãos convocados para saquear seu patrimônio, é um espetáculo de perversidade que nos congela".
Os jihadistas do Estado Islâmico, que controlam grandes territórios no Iraque e na Síria, destruíram em abril com escavadeiras, picaretas e explosivos o sítio arqueológico de Nimrud, uma joia do império assírio fundada em 1.300 a.C. (hoje no território iraquiano).
Também destruíram monumentos em Hatra (século III a.C.) e estátuas no museu de Mossul, no norte do Iraque.
Ao menos 300 sítios arqueológicos sírios foram destruídos, saqueados ou danificados durante a guerra civil que devasta a Síria há mais de quatro anos, segundo as Nações Unidas.
Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) explodiram o templo de Baalshamin na antiga cidade de Palmira, patrimônio da humanidade no leste da Síria , afirmou neste domingo à AFP o diretor de Antiguidades e Museus da Síria.
"O Daesh (acrônimo em árabe do EI) colocou hoje uma grande quantidade de explosivos no templo de Baalshamin para depois detoná-los. O edifício ficou em grande parte destruído", indicou Maamun Abdulkarim.
A parte fechada do templo "foi destruída e as colunas em torno desmoronaram", disse Maamun Abdulkarim.
O templo de Baalshamin começou a ser construído no ano 17 e posteriormente foi ampliado pelo imperador romano Adriano em 130.
Baalshamin é o deus do Céu fenício, irmão mais novo de Malkbel, o deus do Sol.
"Nossas mais sombrias previsões infelizmente estão se realizando", lamentou Abdulkarim.
Os jihadistas "realizaram execuções no teatro antigo, destruíram em julho a famosa estátua do Leão de Athena - que ficava na entrada do museu de Palmira - e transformaram o museu em tribunal e prisão".
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) confirmou a destruição do monumento histórico.
A conquista de Palmira pelo EI, em maio passado, foi considerada um desastre pela Unesco e a comunidade internacional.
Na terça-feira, o EI assassinou o ex-diretor de Antiguidades de Palmira Khaled al-Assad, cujo corpo foi pendurado em um poste.
Palmira, um oásis no meio do deserto, abriga as monumentais ruínas de uma grande cidade que foi um dos maiores centros culturais do mundo antigo. A cidade é considerada patrimônio mundial da humanidade pela Unesco.
O EI, que considera idólatras as obras pré-islâmicas, especialmente as esculturas, executou mais de 200 pessoas em Palmira após capturar a cidade, incluindo 20 reféns no teatro antigo.
Em julho passado, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse que a destruição de obras de arte e bustos funerários em Palmira, "em praça pública e diante de cidadãos convocados para saquear seu patrimônio, é um espetáculo de perversidade que nos congela".
Os jihadistas do Estado Islâmico, que controlam grandes territórios no Iraque e na Síria, destruíram em abril com escavadeiras, picaretas e explosivos o sítio arqueológico de Nimrud, uma joia do império assírio fundada em 1.300 a.C. (hoje no território iraquiano).
Também destruíram monumentos em Hatra (século III a.C.) e estátuas no museu de Mossul, no norte do Iraque.
Ao menos 300 sítios arqueológicos sírios foram destruídos, saqueados ou danificados durante a guerra civil que devasta a Síria há mais de quatro anos, segundo as Nações Unidas.