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Egito condena oito por participação em casamento gay

Homens foram condenados por "incitação ao deboche" com a alegação de que eles teriam participado de uma festa de casamento homossexual


	Gays: relações homossexuais não são explicitamente proibidas, mas outras leis têm sido usadas para condenação de gays no Egito
 (GettyImages)

Gays: relações homossexuais não são explicitamente proibidas, mas outras leis têm sido usadas para condenação de gays no Egito (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2014 às 21h33.

Cairo - A Justiça do Egito condenou oito homens neste sábado por "incitação ao deboche" com a alegação de que eles teriam participado de uma festa de casamento homossexual num barco no rio Nilo. Eles foram sentenciados a três anos na prisão.

Um vídeo na internet mostra dois homens trocando alianças e recebendo cumprimento de amigos. Os oito envolvidos foram detidos em setembro quando um comunicado da procuradoria afirmou que o vídeo era "vergonhoso para Deus" e "ofensivo à moral pública".

O Egito é um país conservador de maioria muçulmana e com uma minoria de cristãos. A homossexualidade é um tabu social para ambas as comunidades e apenas nos últimos anos filmes e outros produtos de ficção passaram a incluir personagens gays.

Relações homossexuais consensuais não são explicitamente proibidas, mas outras leis têm sido usadas para condenação de homens gays, incluindo "deboche" ou "atos públicos desavergonhados".

São desconhecidas informações sobre a realização casamentos homossexuais no Egito.

O veredicto foi recebido com gritos de protestos por parentes dos condenados esperando do lado de fora do tribunal. Alguns deles choraram enquanto outros diziam que exames realizados por médicos estatais mostraram que os acusados não eram homossexuais.

A decisão é mais uma ofensiva de autoridades contra gays e ateus. A campanha ainda mira liberais e ativistas pró-democracia, além de violadores de uma lei que pune protestos de rua.

A Human Rights Watch afirmou em setembro que autoridades egípcias têm repetidamente prendido e torturados homens que têm relações homossexuais consensuais.

A entidade condenou as condenações e as considerou parte de crescente campanha de intolerância.

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