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Efeito vacina? Em 37 dias, número de novos casos de covid-19 cai 69% nos EUA

Cerca de 42 milhões de americanos já receberam a primeira dose da vacina contra covid-19, mas outras medidas de combate à pandemia também estão ajudando o país a reverter os números de casos e mortes

Sandra Lindsay, enfermeira em Long Island, na cidade de Nova York, foi uma das primeiras vacinadas nos EUA (Mark Lennihan/Pool via REUTERS/Reuters)

Sandra Lindsay, enfermeira em Long Island, na cidade de Nova York, foi uma das primeiras vacinadas nos EUA (Mark Lennihan/Pool via REUTERS/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 21h05.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2021 às 21h35.

Epicentro da pandemia do novo coronavírus, os Estados Unidos estão assistindo uma rápida reversão no registro de casos de covid-19. Nos últimos 37 dias, houve uma queda de 69% no número de novos casos de covid-19 no país. Já o número de mortes recuou 32%, no mesmo período.

No dia 11 de janeiro, o país atingiu o número de 248,7 mil casos diários, na média dos últimos sete dias – o pico de registros em único dia desde o início da pandemia. Passados 37 dias, no dia 17 de fevereiro, o número de novos casos foi de 77,6 mil.  Veja abaixo o gráfico que mostra a evolução da doença no país:

Número de novos casos de covid-19 por dia nos EUA

(Arte/Site Exame)

“A vacinação nos Estados Unidos, que começou meio bagunçada, agora ganhou velocidade. O país deixou de lado a estratégia de vacinar apenas os grupos prioritários para fazer uma imunização em massa, mesmo porque lá há doses para vacinar em larga escala”, diz Natalia Pasternak, microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência

A vacinação nos Estados Unidos começou em 14 de dezembro. Até o momento, 42,2 milhões de americanos receberam ao menos uma dose de vacina, o que equivale a 34% das pessoas dos grupos prioritários e 12% da população geral do país.

O avanço da vacinação já impacta o número de mortes: os óbitos passaram de 3,2 mil, em 11 de janeiro, para 2,2 mil óbitos diários em 17 de fevereiro, dado que também computa a média dos últimos sete dias. Desde o início da pandemia, os Estados Unidos registram 27,8 milhões de casos e quase 493 mil mortos.

Mas não foi só o efeito vacinação que está mudando os rumos das pandemia nos Estados Unidos. Pasternak lembra que o início do mandato do presidente americano Joe Biden mudou a forma como o país passou a combater a doença e como é feita a comunicação sobre a crise sanitária.

“Saiu um presidente negacionista e entrou outro que acredita na Ciência”, diz a microbiologista. “O uso de máscaras passou a ser obrigatório nos Estados Unidos e melhorou a comunicação com a população. São vários fatores que mudaram uma trajetória ascendente em descendente.”

As principais autoridades de saúde dos EUA disseram na quarta-feira, 17, que os EUA terão vacinas suficientes para cada americano até o "final de julho", repetindo uma estimativa do presidente Joe Biden.

"Estamos a caminho de ter fornecimento de vacina suficiente para 300 milhões de americanos até o final de julho", disse Jeff Zients, coordenador da força-tarefa de combate à pandemia da Casa Branca, na quarta-feira.

 

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