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Diretora da ANP apresenta 1ª rodada do pré-sal em Tóquio

Nesta primeira rodada serão oferecidos os direitos sobre o campo de Libra, na Bacia de Santos


	Magda Chambriard: segundo a diretora da ANP, o maior desenvolvimento futuro do pré-sal pode transformar o Brasil em um dos maiores exportadores mundiais de petróleo
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Magda Chambriard: segundo a diretora da ANP, o maior desenvolvimento futuro do pré-sal pode transformar o Brasil em um dos maiores exportadores mundiais de petróleo (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 07h29.

Tóquio - A diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, apresentou nesta terça-feira na capital japonesa a primeira rodada de licitação das reservas de petróleo na camada pré-sal que será realizada no próximo dia 21 de outubro.

Em entrevista coletiva em Tóquio, Magda e Helder Queiroz, diretor da ANP, sublinharam que o maior desenvolvimento futuro do pré-sal pode transformar o país em um dos maiores exportadores mundiais de petróleo. Em junho, a produção dos 13 campos já ativos no pré-sal produziram 310,7 mil barris diários, revelaram as autoridades da ANP.

Durante a jornada de hoje, com intenção de chamar atenção dos investidores asiáticos na indústria petrolífera brasileira, Magda presidiu também um seminário organizado no centro da capital japonesa e apresentou o 12º leilão para explorar blocos de gás natural no interior do país.

Nesta primeira rodada apresentada hoje em Tóquio serão oferecidos os direitos sobre o campo de Libra, na Bacia de Santos, cujas reservas recuperáveis, lembrou Magda, são calculadas entre 8 e 12 bilhões de barris.

O contrato oferecido é de 35 anos não prorrogáveis com uma fase estimada de exploração de quatro anos e, por isso, espera-se que os poços comecem a produzir já em 2018.

Por lei, a Petrobras deverá ser a empresa operadora e terá uma participação obrigatória de 30% dentro do contrato firmado com a corporação escolhida para formação do consórcio.

Em seu discurso, Magda voltou a insistir que a ANP estima que este campo, em seu nível máximo, "será capaz de produzir um milhão de barris de petróleo ao dia", ou seja, a metade da produção atual de todo Brasil.

Segundo a diretora-geral do organismo, esse fator vai gerar uma "grande demanda de embarcações, navios de apoio e plataformas", algo que interessa principalmente às grandes empresas japonesas barqueiras e de engenharia.

Para explorar ao máximo o campo Libra estima-se que o investimento necessário será de R$ 200 milhões, além da construção de entre 12 e 18 plataformas petrolíferas.

Até o momento, 89 empresas de todo o mundo - entre elas, 71 brasileiras, americanos e uma espanhola - já demonstraram interesse no contrato para explorar o campo de Libra. EFE

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