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Diplomacia atual se faz com diálogos e mísseis, diz Khamenei

Dessa forma, Khamenei falou pela primeira vez sobre a polêmica provocada pelos testes de mísseis balísticos realizados pelo Irã no início deste mês

Aiatolá Khamenei: "A República Islâmica deve usar todos os meios" (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2016 às 09h21.

Teerã - O líder supremo do Irã , Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira que o país continuará ampliado a capacidade de se defender diante das "ameaças do inimigo" e para fortalecer sua posição em qualquer discussão global, numa época em que a diplomacia é feita com "diálogos e mísseis".

As declarações foram dadas em uma cerimônia religiosa devido ao aniversário do nascimento de Fátima, filha de Maomé e uma figura venerada pelos xiitas.

"Se o regime islâmico avançar em tecnologia e nas negociações (internacionais), mas não tiver capacidade defensiva, terá que se render diante de qualquer pequeno país que o ameace. A República Islâmica deve usar todos os meios", afirmou o líder supremo.

Dessa forma, Khamenei falou pela primeira vez sobre a polêmica provocada pelos testes de mísseis balísticos realizados pelo Irã no início deste mês, atitudes consideradas por muitos países do Ocidente como uma violação das resoluções da ONU que proíbem a República Islâmica de desenvolver armas que possam ter uso nuclear.

Ontem, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha pediram à ONU uma "resposta apropriada" aos testes, que consideram como um "desafio" à resolução 2231 adotada no ano passado pelo Conselho de Segurança.

No documento, os quatro países afirmam que os lançamentos dos mísseis foram "desestabilizadores e provocadores" e que os foguetes eram "capazes de carregar armas nucleares".

A resolução 2231 adotada no ano passado pelo Conselho de Segurança da ONU, que respaldou o acordo nuclear negociado entre o Irã, os quatro países, além de Rússia e China, determinava o fim da maior parte das sanções impostas à República Islâmica.

No entanto, o texto estabelecia que o Irã não realizasse lançamentos de mísseis capazes de transportar ogivas atômicas, algo que a República Islâmica alega não ter descumprido, já que os armamentos testados seriam convencionais.

"Aqueles que dizem que o mundo do futuro é de negociações e não de mísseis são ignorantes. (...) Eu apoio o diálogo político em questões globais, mas não com todos. Hoje é a era tanto dos mísseis como de negociações", disse Khamenei.

Os testes com mísseis foram realizados pela Guarda Revolucionária, órgão paramilitar que obedece diretamente ao líder supremo e não ao presidente do país, Hassan Rohani, empenhado em promover uma política de aproximação e abertura para o Ocidente.

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Teerã - O líder supremo do Irã , Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira que o país continuará ampliado a capacidade de se defender diante das "ameaças do inimigo" e para fortalecer sua posição em qualquer discussão global, numa época em que a diplomacia é feita com "diálogos e mísseis".

As declarações foram dadas em uma cerimônia religiosa devido ao aniversário do nascimento de Fátima, filha de Maomé e uma figura venerada pelos xiitas.

"Se o regime islâmico avançar em tecnologia e nas negociações (internacionais), mas não tiver capacidade defensiva, terá que se render diante de qualquer pequeno país que o ameace. A República Islâmica deve usar todos os meios", afirmou o líder supremo.

Dessa forma, Khamenei falou pela primeira vez sobre a polêmica provocada pelos testes de mísseis balísticos realizados pelo Irã no início deste mês, atitudes consideradas por muitos países do Ocidente como uma violação das resoluções da ONU que proíbem a República Islâmica de desenvolver armas que possam ter uso nuclear.

Ontem, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha pediram à ONU uma "resposta apropriada" aos testes, que consideram como um "desafio" à resolução 2231 adotada no ano passado pelo Conselho de Segurança.

No documento, os quatro países afirmam que os lançamentos dos mísseis foram "desestabilizadores e provocadores" e que os foguetes eram "capazes de carregar armas nucleares".

A resolução 2231 adotada no ano passado pelo Conselho de Segurança da ONU, que respaldou o acordo nuclear negociado entre o Irã, os quatro países, além de Rússia e China, determinava o fim da maior parte das sanções impostas à República Islâmica.

No entanto, o texto estabelecia que o Irã não realizasse lançamentos de mísseis capazes de transportar ogivas atômicas, algo que a República Islâmica alega não ter descumprido, já que os armamentos testados seriam convencionais.

"Aqueles que dizem que o mundo do futuro é de negociações e não de mísseis são ignorantes. (...) Eu apoio o diálogo político em questões globais, mas não com todos. Hoje é a era tanto dos mísseis como de negociações", disse Khamenei.

Os testes com mísseis foram realizados pela Guarda Revolucionária, órgão paramilitar que obedece diretamente ao líder supremo e não ao presidente do país, Hassan Rohani, empenhado em promover uma política de aproximação e abertura para o Ocidente.

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