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Dilma dividirá governo em quatro grandes áreas

Dilma pediu ainda um esforço para fazer mais com menos recursos, mas deixou claro que não fará cortes lineares de orçamento.

A presidente Dilma Rousseff (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

A presidente Dilma Rousseff (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 21h52.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff informou a sua equipe na primeira reunião ministerial, realizada nesta sexta-feira, que dividirá a gestão em quatro grandes áreas e manterá despachos constantes com esses grupos, pois quer resultados rápidos.

Dilma pediu ainda um esforço para fazer mais com menos recursos, mas deixou claro que não fará cortes lineares de orçamento.

As quatro grandes áreas do governo Dilma serão: Erradicação da Miséria, que será coordenado pela ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello; Desenvolvimento Econômico, que fica a cargo do ministro da Fazenda, Guido Mantega; Infraestrutura e PAC, que será comandada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior; e Direito à Cidadania, que o ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, cuidará.

Segundo a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, Dilma reunirá esses grupos periodicamente. Ela citou como exemplo, a área de erradicação da miséria, reunido pela presidente na primeira semana de governo. "Imagino que eles vão se reunir com muita frequência porque os programas de governo vão ser discutidos ali", argumentou em conversa com jornalistas.

A primeira reunião ministerial comandada por Dilma durou quase cinco horas e ela foi rigorosa para que o encontro não se estendesse demais. Em vários momentos, brincou com os ministros. Numa dessas brincadeiras, comentou que os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, estavam sentados próximos.

Orçamento

Os ministros terão até dia 4 de fevereiro para apontar onde farão seus cortes no custeio da máquina. Contudo, a orientação é que não se faça um "choque de gestão tucano", como relatou outra ministra, que pediu para não ser identificada, à Reuters.

Ou seja, a presidente Dilma Rousseff quer que o corte de gastos seja qualitativo e não linear. Segundo essa ministra que pediu anonimato, o objetivo "é melhorar a qualidade dos gastos".

Na reunião não se falou sobre uma meta de redução do Orçamento para este ano, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Dilma quer anunciar o contingenciamento até dia 28 de fevereiro.

Ética

Tanto Dilma como o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, enfatizaram por mais de uma vez que os ministros devem primar pela ética e a eficiência na administração pública.

Todos receberam da Controladoria-Geral da União (CGU) um kit com informações sobre o uso de cartões corporativos nas suas pastas e com o código de ética da Presidência.


"A presidente disse que 'são faces da mesma moeda a eficiência e a ética'. Ela e o ministro Palocci enfatizaram essa questão ética de forma geral", contou a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas.

O ministro da CGU, Jorge Hage, contou aos colegas que está preparando um novo pacote de regras para uso dos recursos públicos nos ministérios.

Divergências

Dilma também aproveitou a reunião para pedir a toda a equipe que mantenha discrição quando houver divergências internas, seja em disputas por nomeações do segundo escalão ou quando os ministros tiverem posições diferentes sobre um mesmo tema.

Segundo um ministro, que não quis ser identificado, Dilma disse que quando houver uma divergência dentro da equipe, fará reuniões com os ministros envolvidos.

"Ela disse que fará, então, no máximo três reuniões para resolver. Se não se chegar a um consenso, ela vai arbitrar", afirmou esse ministro.

A presidente deixou claro ainda na reunião que não aceitará indicações políticas para as agências reguladoras. Nesses casos, apenas técnicos ocuparão os cargos. Em relação ao restante das vagas no governo, Dilma orientou os ministros a fazer escolhas políticas, mas que levem sempre em conta a experiência técnica.

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