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"Diálogo deve ser realista", diz Santos em conversa com Farc

Entre os negociadores das Farc estará Juvenal Ovidio Ricardo Palmera, conhecido como "Simón Trinidad", preso nos Estados Unidos

O presidente colombiano Juan Manuel Santos: o presidente acrescentou que "há coisas que são permitidas e outras que não são" (Cesar Carrion/AFP)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 16h47.

Bogotá - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, disse nesta quinta-feira que o diálogo durante o processo de paz deve "ser realista" depois que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram que entre seus negociadores estará Juvenal Ovidio Ricardo Palmera, conhecido como "Simón Trinidad", preso nos Estados Unidos.

"É importante entender isso neste processo", acrescentou o presidente, que disse que "há coisas que são permitidas e outras que não são".

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"Simón Trinidad" foi capturado em 2004 e extraditado para os EUA por narcotráfico e participação no sequestro de três americanos do Pentágono em 2003.

O combatente foi designado pelas Farc como um de seus negociadores com o governo da Colômbia no processo de paz que deve começar em 8 de outubro, com uma reunião marcada para acontecer em Oslo, e que posteriormente será em Havana.

Os outros dois negociadores serão Luciano Marín Arango, conhecido como "Iván Márquez" e número dois das Farc, e Bertulfo Álvarez, conhecido como "Jesús Santrich" e membro do Estado-Maior Central.

"Simón Trinidad" vai "ser integrante da delegação na mesa, independentemente dos incômodos que possa causar", advertiu o guerrilheiro Marco León Calarcá, em entrevista em que as Farc anunciaram seus representantes e suas expectativas com relação ao diálogo em busca pela paz.

"Simón Trinidad" ingressou nas Farc em 1987 e chegou a ser Comandante do Bloco Caribe desta guerrilha e membro de seu Estado-Maior Central.

Entre 1998 e 2002, foi um dos negociadores nos fracassados diálogos de paz liderados pelo então presidente Andrés Pastrana, realizados no município de San Vicente del Caguán, no sul do país.

Após sua captura no Equador e extradição para os Estados Unidos, "Simón Trinidad" se tornou em um dos símbolos da guerrilha colombiana ao receber uma condenação de 60 anos de prisão.

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