Desmate emite 20% mais de dióxido de carbono, diz estudo
O estudo abordou todas as florestas tropicais do planeta
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2014 às 09h17.
São Paulo - O desmatamento de florestas tropicais tem emitido pelo menos 20% mais dióxido de carbono do que se acreditava anteriormente, de acordo com um novo estudo liderado por cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP).
O trabalho, publicado na revista Nature Communications, foi feito em parceria com cientistas do Hemholtz Centre for Environmental Research (UFZ), da Alemanha, e da Universidade de Toronto (UofT), no Canadá.
O estudo abordou todas as florestas tropicais do planeta, com foco especial na Mata Atlântica e na Amazônia. A principal conclusão é que a perda de biomassa nas bordas dos fragmentos não vinha sendo calculada, levando a uma subavaliação dos efeitos da degradação florestal.
"Quando consideramos os efeitos da fragmentação e das bordas, estimamos que as emissões de dióxido de carbono são bem maiores do que se previa antes", disse um dos autores, Milton Ribeiro, do Laboratório de Ecologia Espacial e Conservação da Unesp.
Segundo os autores, o estudo é o primeiro a apresentar uma estimativa global para as emissões de carbono em decorrência dos efeitos da fragmentação florestal.
Para calcular as emissões adicionais de carbono nas bordas florestais, os cientistas desenvolveram uma nova abordagem que integra os resultados de sensoriamento remoto, ecologia de paisagens e modelagem de dinâmica florestal.
De acordo com os cientistas, nas áreas de borda as condições microclimáticas se alteram. Isso resulta em aumento do estresse das árvores, aumentando a mortalidade.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O desmatamento de florestas tropicais tem emitido pelo menos 20% mais dióxido de carbono do que se acreditava anteriormente, de acordo com um novo estudo liderado por cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de São Paulo (USP).
O trabalho, publicado na revista Nature Communications, foi feito em parceria com cientistas do Hemholtz Centre for Environmental Research (UFZ), da Alemanha, e da Universidade de Toronto (UofT), no Canadá.
O estudo abordou todas as florestas tropicais do planeta, com foco especial na Mata Atlântica e na Amazônia. A principal conclusão é que a perda de biomassa nas bordas dos fragmentos não vinha sendo calculada, levando a uma subavaliação dos efeitos da degradação florestal.
"Quando consideramos os efeitos da fragmentação e das bordas, estimamos que as emissões de dióxido de carbono são bem maiores do que se previa antes", disse um dos autores, Milton Ribeiro, do Laboratório de Ecologia Espacial e Conservação da Unesp.
Segundo os autores, o estudo é o primeiro a apresentar uma estimativa global para as emissões de carbono em decorrência dos efeitos da fragmentação florestal.
Para calcular as emissões adicionais de carbono nas bordas florestais, os cientistas desenvolveram uma nova abordagem que integra os resultados de sensoriamento remoto, ecologia de paisagens e modelagem de dinâmica florestal.
De acordo com os cientistas, nas áreas de borda as condições microclimáticas se alteram. Isso resulta em aumento do estresse das árvores, aumentando a mortalidade.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.