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Decisão de cadeira no Senado pela Flórida pode passar por recontagem

O último boletim oficial mostra uma diferença de 0,42% entre o republicano Rick Scott e o democrata Bill Nelson

Flórida: a campanha eleitoral terminou com um discurso em tom de vitória de Scott, aliado de Trump (Joshua Roberts/Reuters)

Flórida: a campanha eleitoral terminou com um discurso em tom de vitória de Scott, aliado de Trump (Joshua Roberts/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de novembro de 2018 às 13h30.

Última atualização em 7 de novembro de 2018 às 15h35.

Miami - A cadeira no Senado pela Flórida, nos Estados Unidos, à qual o veterano senador democrata Bill Nelson tenta a reeleição, pode passar por uma recontagem devido à pequena diferença de votos frente ao republicano Rick Scott, de 34.500, menos de meio ponto percentual.

"Estamos fazendo uma apuração", afirmou, em comunicado, Nelson.

O último boletim oficial da Divisão Eleitoral da Flórida divulgado nesta quarta-feira mostra uma diferença de 0,42% a favor de Scott, que tem 50,21%, enquanto Nelson registra 49,79% dos votos.

Conforme o senador, 67 supervisores eleitorais terão que verificar a conta total e a sua campanha entrará em contato com os eleitores cujas cédulas não foram contabilizadas, por exemplo, devido à falta de identificação ou um endereço correspondente. Segundo ele, o meio-dia de sábado é o limite para determinar se o apuração procede de acordo com a lei.

"Esperamos que os supervisores, independentemente da filiação partidária, cumpram com as suas obrigações constitucionais", disse, por sua vez, Marc Elias, advogado da campanha de Nelson.

A jornada eleitoral de ontem na Flórida terminou com um discurso em tom de vitória de Scott, um aliado do presidente Donald Trump, e com a ausência do democrata Nelson, que não admitiu publicamente a derrota. No entanto, segundo a lei estadual da Flórida, uma recontagem é obrigatória se a margem do candidato vencedor for inferior a 0,5%.

Scott, um empresário bilionário que gastou mais de US$ 50 milhões em sua campanha ao Senado, disse em discurso que fará em Washington o que fez no estado durante os últimos oito anos, onde exerceu o cargo de governador.

"A pequena diferença na apuração geral dos votos aconteceu, apesar de Scott gastar US$ 68,8 milhões, grande parte da sua fortuna pessoal, frente aos 27,9 milhões de Nelson", afirmou hoje a campanha do democrata no comunicado.

Quase entre lágrimas, Scott agradeceu à sua família, ao presidente Trump, ao vice-presidente Mike Pence, ao senador Marco Rubio e a todos os que apoiaram a campanha.

Veículos de comunicação dos Estados Unidos, como o "Tampa Bay Times" e o "Sun Sentinel", projetaram ontem à noite Scott como ganhador.

Na Flórida também estavam em jogo as 27 cadeiras que correspondem ao estado na Câmara dos Representantes, em Washington, entre eles a da representante republicana Ileana Ros-Lehtinen, que no ano passado anunciou que não tentaria a reeleição. Ela será substituída por uma democrata, Donna Shalala, que foi secretária de Saúde dos Estados Unidos no governo do ex-presidente Bill Clinton.

Além disso, outra democrata, a equatoriana Debbie Mucarsel-Powell ganhou a cadeira do congressista cubano-americano Carlos Curbelo.

Os americanos compareceram às urnas nesta terça-feira em meio a um agitado clima político.

Após o pleito, um novo panorama foi desenhado no Congresso, depois que os democratas recuperaram o controle da Câmara dos Representantes e os republicanos ampliaram a maioria no Senado.

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