Mundo

Custo com vazamento já soma US$ 1,6 bilhão, diz BP

Entre outros fatores, montante inclui custos de combate ao vazamento, contenção e subvenção para os estados norte-americanos afetados pelo desastre

Homem tenta limpar o desastre ambiental na costa dos Estados Unidos: mais de 51 mil pedidos de indenização foram submetidos à empresa até agora. (.)

Homem tenta limpar o desastre ambiental na costa dos Estados Unidos: mais de 51 mil pedidos de indenização foram submetidos à empresa até agora. (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Londres - A British Petroleum (BP) informou hoje que o custo de sua resposta ao vazamento de petróleo no Golfo do México já soma US$ 1,6 bilhão. Além disso, 51 mil pedidos de indenização devido ao acidente foram submetidos à empresa até agora. O montante inclui os custos de combate ao vazamento, contenção, perfuração de poços de alívio, subvenção para os Estados norte-americanos do Golfo, sinistros pagos e custos federais.

O conselho de diretores da BP se reunirá hoje para discutir se a companhia pagará, aos acionistas, todo o dividendo referente ao segundo trimestre. No entanto, nenhuma decisão é esperada da reunião. A BP tem sofrido enorme pressão para suspender o pagamento dos dividendos, uma vez que o poço continua a vazar petróleo no Golfo do México.

Congressistas norte-americanos pediram que a BP interrompesse os pagamentos dos dividendos até que a crise terminasse. Eles expressaram preocupação de que a companhia não será capaz de cumprir todas as compensações e os custos da limpeza, se continuar a pagar US$ 0,56 por ação aos acionistas. No entanto, a companhia diz que tem capacidade financeira para cumprir com todos os custos do vazamento e com os pedidos de indenização.

A maioria dos analistas acredita que a BP será capaz de honrar esses compromissos e continuar a pagar dividendos. Mas eles reconhecem que poderá ser necessário reduzir ou suspender brevemente os pagamentos, para acalmar os políticos norte-americanos. Na semana passada, o chefe-executivo da BP, Tony Hayward, afirmou ao "Wall Street Journal" que o conselho de administração pode cortar ou adiar o dividendo referente ao segundo trimestre, programado para ser anunciado em 27 de julho.

Até agora, a BP pagou mais que 26,5 mil pedidos de indenização, o equivalente a US$ 62 milhões. No entanto, a BP disse que é muito cedo para quantificar outros custos potenciais e obrigações associadas ao acidente. Desde o início do vazamento, a BP perdeu cerca de 40% do seu valor de mercado, com os investidores se desfazendo de ações da companhia.

Novo plano
A BP apresentou ontem um novo plano para a Guarda Costeira dos Estados Unidos para capturar, até meados de julho, entre 40 mil e 50 mil barris por dia do petróleo que está vazando no Golfo do México. O plano responde a um ultimato do governo dos EUA para que a companhia divulgasse uma nova estratégia.

O plano, que envolverá acréscimo no número de navios e conectores capazes de capturar petróleo, também permitirá que a BP responda com maior eficiência a eventuais problemas, caso a região seja atingida por furacões, como é esperado nesta época do ano.

A BP está atualmente capturando cerca de 15 mil barris de petróleo ao dia do poço com vazamento, próximo à capacidade do atual método aplicado de captura do petróleo. No sábado, foi divulgada uma carta da Guarda Costeira dos EUA dando à petroleira dois dias de prazo para que ela apresentasse um plano mais agressivo para conter a mancha de petróleo. As informações são da Dow Jones.

Leia mais notícias relacionadas à poluição

Acompanhe tudo sobre:EnergiaEstados Unidos (EUA)Países ricosPetróleoPoluição

Mais de Mundo

Trump nomeia apresentador da Fox News como secretário de defesa

Milei conversa com Trump pela 1ª vez após eleição nos EUA

Juiz de Nova York adia em 1 semana decisão sobre anulação da condenação de Trump

Parlamento russo aprova lei que proíbe 'propaganda' de estilo de vida sem filhos