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Cuba vai libertar últimos presos da "Primavera Negra"

As libertações são resultado de um acordo feito em meados de 2010 entre o presidente cubano, Raúl Castro, e o cardeal Jaime Ortega

Raúl Castro, presidente cubano: Anistia elogiou libertação de 52 dissidentes (Joe Raedle/Getty Images)

Raúl Castro, presidente cubano: Anistia elogiou libertação de 52 dissidentes (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2011 às 09h42.

Havana - Cuba vai soltar os dois últimos dissidentes ainda presos de um grupo de 75 opositores detidos em uma operação do governo em 2003, disse na terça-feira o Arcebispado de Havana.

As libertações são resultado de um acordo feito em meados de 2010 entre o presidente cubano, Raúl Castro, e o cardeal Jaime Ortega, que levou à soltura de 50 presos políticos condenados a penas de 6 a 28 anos de prisão, na chamada "Primavera Negra."

No momento do acordo, 52 dos detidos em 2003 permaneciam atrás das grades. O restante tinha deixado a prisão antes por razões de saúde.

"Dando continuidade ao processo de libertação de prisioneiros, informamos que foi definida a soltura de Félix Navarro Rodríguez e José Daniel Ferrer García", disse o Arcebispado de Havana em um breve comunicado, que não especificou o dia em que eles deixarão a prisão.

Quarenta opositores soltos gradualmente desde julho do ano passado aceitaram a proposta de deixar o país, a maioria com destino à Espanha. Outros 12 decidiram continuar na ilha.

"Não sabemos quando ele chegará em casa", disse Sayli, filha de Navarro, pouco depois de saber que o pai seria libertado. "Estamos muito agradecidos à Igreja por suas ações", afirmou.

Navarro e Ferrer tinham sido condenados a 25 anos de prisão, após serem acusados de conspirar com uma potência estrangeira para desestabilizar o governo comunista da ilha.

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