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Cruz Vermelha encontra 94 pessoas desaparecidas após o ataque de Nairóbi

"Os 94 casos de desaparições que estávamos acompanhando foram concluídos de forma positiva", indicou a organização humanitária em comunicado

Nairóbi, Quênia: pessoas carregam o corpo de Feisal Ahmed Rashid, morto em um ataque em um hotel de luxo (Thomas Mukoya/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 11h37.

Nairóbi - A Cruz Vermelha do Quênia informou nesta quinta-feira que encontrou 94 desaparecidos após o ataque a um complexo hoteleiro de Nairóbi nesta terça-feira, no qual morreram pelo menos 21 pessoas, segundo os últimos números oficiais.

"Os 94 casos de desaparições que estávamos acompanhando foram concluídos de forma positiva", indicou a organização humanitária em comunicado.

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Além disso, a Cruz Vermelha queniana deu assistência psicológica a 595 pessoas no necrotério de Chiromo, para onde estão sendo levados os corpos retirados do complexo hoteleiro 14 Riverside.

Entre os mortos há 16 quenianos, um britânico, um americano e três pessoas de outros países africanos que ainda não foram identificadas, segundo a polícia, que acrescentou que 28 pessoas foram internadas em diversos hospitais da cidade.

Ainda de acordo com as autoridades policiais, cinco "terroristas" foram "eliminados" durante este ataque, que durou quase 20 horas e começou na terça-feira às 15h (horário local, 10h de Brasília).

O atentado, cometido com explosivos, fuzis de assalto e por um terrorista suicida, aconteceu no complexo 14 Riverside no bairro de Westlands, onde se encontram várias lojas e restaurantes, assim como o luxuoso hotel DusitD2, um local transitado por homens de negócios no qual empresas e organismos realizam diariamente conferências e reuniões.

O grupo jihadista somali Al Shabab, que se filiou em 2012 à rede internacional da Al Qaeda, reivindicou a autoria do ataque, e alegou que é uma resposta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de transferir a embaixada em Israel para Jerusalém.

Nairóbi não sofria nenhum golpe jihadista desde setembro de 2013, quando em uma operação similar à de terça-feira, pelo menos quatro terroristas de Al Shabab atacaram o shopping Westgate, próximo ao complexo 14 Riverside e muito frequentado por estrangeiros.

Nesse atentado morreram 67 pessoas durante os quatro dias que os terroristas estiveram entrincheirados dentro do edifício, cercados pelas forças de segurança.

A pior ação terrorista cometida no Quênia foi o atentado de 1998 contra a embaixada dos Estados Unidos em Nairóbi, que deixou mais de 200 mortos e milhares de feridos.

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