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Croácia assinará adesão à UE durante cúpula com foco em reformas

País seria incluído no bloco de 27 estados em julho de 2013

A Croácia pode ser o último país dos Bálcãs a aderir ao bloco por anos (Donald Miralle/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 11h01.

Bruxelas/Zagreb - Os governos da União Europeia assinarão um tratado de adesão na sexta-feira para incluir a Croácia no bloco de 27 estados em julho de 2013 com um sentimento de alívio de que este pode ser o último país dos Bálcãs a aderir ao bloco por anos.

Será uma ocasião importante para a ex-república iugoslava, mas que deve ser ofuscada na UE pelos esforços para combater a crise da dívida na zona do euro.

A longo prazo, os governos da UE esperam que o sucesso da Croácia em cumprir os duros critérios para a adesão irá persuadir outros estados espirantes nos Bálcãs de que reformas compensam, abrindo caminho para que eles ingressem no bloco um dia.

Mas, por enquanto, muitos estão ansiosos por uma pausa nas adesões ao bloco e nos custos associados a isso enquanto a crise da dívida corre solta.

O tratado da Croácia será assinado na mesma cúpula em Bruxelas na sexta-feira onde os chefes de estado da UE discutirão planos drásticos para redesenhar as instituições do bloco para conter a crise do euro.

Felizmente, o novo estado-membro, com 4,3 milhões de habitantes - o que acrescentará menos de 1 por cento à população da UE -, não será um fardo para os problemas financeiros do bloco.

A assinatura marca um processo de adesão que se arrastou por quase uma década.

Neste ano, a candidatura da Croácia parecia estar em risco por temores na UE sobre reformas lentas no país e a inquietação entre os eleitores europeus sobre a ampliação do bloco.

"A fadiga com a expansão (da UE) está aumentando", disse um diplomata em Bruxelas. "Quanto mais longe você vai, mais perto chega aos limites políticos e geográficos da Europa e é aí que o debate começa." Os croatas estão ansiosos para deixar para trás o legado da Iugoslávia socialista, que eles abandonaram em 1991, e para se unir à UE - mesmo que o bloco passe por um período de redefinições que deve produzir profundas mudanças em como os seus membros decidem as políticas futuras.


A Croácia será a segunda ex-república iugoslava a entrar para o bloco europeu, depois de seu vizinho menor, a Eslovênia.

Muitos croatas esperam que a fiscalização europeia do sistema de tomada de decisões no bloco garanta que as reformas democráticas continuem a reconstruir sua economia ex-comunista e combater a corrupção disseminada.

Mas eles também se preocupam, como muitos europeus do Leste que entraram na UE na última década, com a própria capacidade de disputar mercados e recursos com economias mais maduras quando estiverem dentro do maior bloco econômico e comercial do mundo.

Fanito Zuvela, que produz azeite de oliva na ilha Korcula, situada no mar Adriático, e exporta a maior parte de sua produção para a Eslovênia, Alemanha e Áustria, enxerga os benefícios econômicos e políticos da adesão à UE, mas também vê incertezas.

"Haverá um mercado muito maior e o livre fluxo de bens, mas também haverá riscos", ele diz. "Podemos acabar invadidos por produtos baratos, enquanto nosso país está fazendo pouco para promover e encorajar nossos próprios produtos, como um país normal deveria fazer."

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Bruxelas/Zagreb - Os governos da União Europeia assinarão um tratado de adesão na sexta-feira para incluir a Croácia no bloco de 27 estados em julho de 2013 com um sentimento de alívio de que este pode ser o último país dos Bálcãs a aderir ao bloco por anos.

Será uma ocasião importante para a ex-república iugoslava, mas que deve ser ofuscada na UE pelos esforços para combater a crise da dívida na zona do euro.

A longo prazo, os governos da UE esperam que o sucesso da Croácia em cumprir os duros critérios para a adesão irá persuadir outros estados espirantes nos Bálcãs de que reformas compensam, abrindo caminho para que eles ingressem no bloco um dia.

Mas, por enquanto, muitos estão ansiosos por uma pausa nas adesões ao bloco e nos custos associados a isso enquanto a crise da dívida corre solta.

O tratado da Croácia será assinado na mesma cúpula em Bruxelas na sexta-feira onde os chefes de estado da UE discutirão planos drásticos para redesenhar as instituições do bloco para conter a crise do euro.

Felizmente, o novo estado-membro, com 4,3 milhões de habitantes - o que acrescentará menos de 1 por cento à população da UE -, não será um fardo para os problemas financeiros do bloco.

A assinatura marca um processo de adesão que se arrastou por quase uma década.

Neste ano, a candidatura da Croácia parecia estar em risco por temores na UE sobre reformas lentas no país e a inquietação entre os eleitores europeus sobre a ampliação do bloco.

"A fadiga com a expansão (da UE) está aumentando", disse um diplomata em Bruxelas. "Quanto mais longe você vai, mais perto chega aos limites políticos e geográficos da Europa e é aí que o debate começa." Os croatas estão ansiosos para deixar para trás o legado da Iugoslávia socialista, que eles abandonaram em 1991, e para se unir à UE - mesmo que o bloco passe por um período de redefinições que deve produzir profundas mudanças em como os seus membros decidem as políticas futuras.


A Croácia será a segunda ex-república iugoslava a entrar para o bloco europeu, depois de seu vizinho menor, a Eslovênia.

Muitos croatas esperam que a fiscalização europeia do sistema de tomada de decisões no bloco garanta que as reformas democráticas continuem a reconstruir sua economia ex-comunista e combater a corrupção disseminada.

Mas eles também se preocupam, como muitos europeus do Leste que entraram na UE na última década, com a própria capacidade de disputar mercados e recursos com economias mais maduras quando estiverem dentro do maior bloco econômico e comercial do mundo.

Fanito Zuvela, que produz azeite de oliva na ilha Korcula, situada no mar Adriático, e exporta a maior parte de sua produção para a Eslovênia, Alemanha e Áustria, enxerga os benefícios econômicos e políticos da adesão à UE, mas também vê incertezas.

"Haverá um mercado muito maior e o livre fluxo de bens, mas também haverá riscos", ele diz. "Podemos acabar invadidos por produtos baratos, enquanto nosso país está fazendo pouco para promover e encorajar nossos próprios produtos, como um país normal deveria fazer."

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