Exame Logo

Crise sobre abusos na Igreja está longe do fim, diz cardeal

Cardeal americano que dirige comissão sobre abusos sexuais na igreja alertou para que os bispos não se comportem como se o problema estivesse resolvido

Padres da Igreja Católica: comissão é responsável por assessorar o papa Francisco sobre como encerrar os casos de abuso (Joe Klamar/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 20h49.

ROMA - O cardeal norte-americano que dirige a comissão do Vaticano sobre os abusos sexuais cometidos por clérigos contra crianças alertou os bispos católicos romanos nesta segunda-feira a não se comportarem como se o problema estivesse resolvido.

O cardeal de Boston, Sean O’Malley, disse em uma conferência na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, que alguns prelados continuavam relutantes em lidar com o problema abertamente.

“Seria perigoso para nós, como líderes da Igreja, considerar que o escândalo de abuso sexual por clérigos é em grande parte uma questão histórica e não uma preocupação premente aqui e agora”, disse O’Malley, cuja comissão é responsável por assessorar o papa Francisco sobre como encerrar os casos de abuso como os que envergonharam a igreja católica.

“Não é um tópico prazeroso. É mais fácil simplesmente ignorá-lo e esperar que vá embora, (mas) quando somos defensivos e secretos, os resultados são desastrosos”, disse ele em seu discurso.

O’Malley disse na semana passada, após a primeira reunião completa da comissão no Vaticano, que o grupo estuda a aplicação de sanções aos bispos suspeitos de acobertar e deixar de prevenir abusos.

Grupos de vítimas têm pedido há anos ao Vaticano que passe a responsabilizar mais os bispos pelos abusos em suas dioceses, mesmo que não sejam os responsáveis diretos.

Poucos perderam seus postos por causa de escândalos ocorridos sob sua supervisão.

Veja também

ROMA - O cardeal norte-americano que dirige a comissão do Vaticano sobre os abusos sexuais cometidos por clérigos contra crianças alertou os bispos católicos romanos nesta segunda-feira a não se comportarem como se o problema estivesse resolvido.

O cardeal de Boston, Sean O’Malley, disse em uma conferência na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, que alguns prelados continuavam relutantes em lidar com o problema abertamente.

“Seria perigoso para nós, como líderes da Igreja, considerar que o escândalo de abuso sexual por clérigos é em grande parte uma questão histórica e não uma preocupação premente aqui e agora”, disse O’Malley, cuja comissão é responsável por assessorar o papa Francisco sobre como encerrar os casos de abuso como os que envergonharam a igreja católica.

“Não é um tópico prazeroso. É mais fácil simplesmente ignorá-lo e esperar que vá embora, (mas) quando somos defensivos e secretos, os resultados são desastrosos”, disse ele em seu discurso.

O’Malley disse na semana passada, após a primeira reunião completa da comissão no Vaticano, que o grupo estuda a aplicação de sanções aos bispos suspeitos de acobertar e deixar de prevenir abusos.

Grupos de vítimas têm pedido há anos ao Vaticano que passe a responsabilizar mais os bispos pelos abusos em suas dioceses, mesmo que não sejam os responsáveis diretos.

Poucos perderam seus postos por causa de escândalos ocorridos sob sua supervisão.

Acompanhe tudo sobre:Igreja CatólicaPaíses ricosPedofiliaVaticano

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame