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Crescente violência em Israel resulta em morte de eritreu

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que rejeita a ideia de justiça com as próprias mãos ante a violência no país

Palestino queima réplica de bandeira de Israel em protesto: Israel começou a erguer um muro de concreto entre um bairro palestino e um bairro de assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental (Reuters / Mohamad Torokman)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 13h49.

A escalada da violência em Israel custou a vida de um eritreu, atingido por tiros de um guarda, que o confundiu com um agressor, e agredido por uma multidão enfurecida, em meio a um clima de hostilidade.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que rejeita a ideia de justiça com as próprias mãos ante a violência no país. "Somos um país que respeita a lei, ninguém tem o direito de aplicar suas próprias leis", ressaltou.

Neste contexto de tensão, o secretário de Estado americano, John Kerry, exigiu nesta segunda o fim da violência e apelou ambas as partes a agir com "contenção", confirmando que iria encontrar nos próximos dias Benjamin Netanhayu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Por sua vez, Israel começou a erguer um muro de concreto entre um bairro palestino e um bairro de assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental, o lado palestino da cidade santa ocupado por Israel desde 1967.

Este muro, que deve ter 300 metros de comprimento, será temporário, removível e destinado apenas a conter as pedras e bombas incendiárias lançadas contra os judeus em uma área de grande tensão, garantem as autoridades israelenses.

Mas o muro imediatamente provocou comparações com a barreira de separação que Israel começou a construir durante a segunda intifada para se proteger contra ataques vindos da Cisjordânia ocupada e que para os palestinos tornou-se um dos símbolos da ocupação.

Os adversários de Netanyahu acusou-o de reforçar ainda mais a divisão de Jerusalém e de minar o princípio geral de que toda a cidade é a capital indivisível de Israel.

Os blocos de concreto foram instalados sem o conhecimento de Netanyahu que ordenou a suspensão da extensão do muro, segundo a imprensa.

Jerusalém Oriental, que os palestinos querem transformar em capital de seu futuro Estado, e a Cisjordânia ocupada sofrem desde 1º de outubro uma escalada que provoca temores de uma nova revolta de grande magnitude.

Os ataques cometidos por pessoas isoladas contra soldados, policiais ou civis judeus se multiplicaram nas últimas semanas.

Não representava perigo

Domingo à noite, um homem causou pânico ao entrar armado com uma pistola e uma faca na rodoviária de Beersheba (sul). O árabe-israelense de 21 anos matou um soldado de 19 anos, pegou seu rifle M-16 e disparou indiscriminadamente, ferindo dez pessoas antes de ser baleado.

No meio da confusão, um guarda de segurança atirou em um eritreu de 29 anos, Habtom Zarhum, que tentava se proteger e que foi confundido com um agressor.

Um vídeo divulgado na internet mostra o momento em que um agente de segurança israelense abriu fogo contra um homem, provavelmente o eritreu. Outro vídeo mostra a multidão ao redor dos feridos e vários homens agredindo o eritreu.

O eritreu foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O hospital, questionado pela AFP, disse não ser capaz de dizer se Habtom Zarhum teria sobrevivido se não tivesse sido espancado.

Sari Bashi, diretor local da Human Rights Watch, considerou a morte como o "resultado trágico, mas previsível em meio a um clima onde alguns políticos israelenses incentivam os cidadãos a fazer justiça com as próprias mãos".

A polícia israelense disse que considera "extremamente grave" a agressão contra este homem. Habtom Zarhum, apresentado pela imprensa como um dos milhares de requerentes de asilo em Israe, é o primeiro morto em tais circunstâncias em Israel desde o início da nova onda de violência.

Os palestinos, essencialmente de Jerusalém Oriental, são em sua maioria os autores dos ataques que tem tirado o sono dos israelenses. Um pequeno número são de árabes israelenses, descendentes dos palestinos que permaneceram em Israel após a criação deste Estado em 1948.

As autoridades custam a conter um movimento conduzido por jovens exasperados com a ocupação israelense.

No plano internacional, além dos futuros encontros de Kerry com os líderes israelenses e palestinos, o Conselho de Segurança da ONU começou a analisar um projeto francês de declaração, não vinculativo, chamando para um retorno à calma e manter as regras que regem a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém.

Uma das ideias apresentadas e atribuídas por Israel a Paris é a de uma presença internacional na Esplanada. Israel convocou o embaixador da França em Israel, Patrick Maisonnave, e expressou sua "firme oposição" a esta sugestão.

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A escalada da violência em Israel custou a vida de um eritreu, atingido por tiros de um guarda, que o confundiu com um agressor, e agredido por uma multidão enfurecida, em meio a um clima de hostilidade.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que rejeita a ideia de justiça com as próprias mãos ante a violência no país. "Somos um país que respeita a lei, ninguém tem o direito de aplicar suas próprias leis", ressaltou.

Neste contexto de tensão, o secretário de Estado americano, John Kerry, exigiu nesta segunda o fim da violência e apelou ambas as partes a agir com "contenção", confirmando que iria encontrar nos próximos dias Benjamin Netanhayu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Por sua vez, Israel começou a erguer um muro de concreto entre um bairro palestino e um bairro de assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental, o lado palestino da cidade santa ocupado por Israel desde 1967.

Este muro, que deve ter 300 metros de comprimento, será temporário, removível e destinado apenas a conter as pedras e bombas incendiárias lançadas contra os judeus em uma área de grande tensão, garantem as autoridades israelenses.

Mas o muro imediatamente provocou comparações com a barreira de separação que Israel começou a construir durante a segunda intifada para se proteger contra ataques vindos da Cisjordânia ocupada e que para os palestinos tornou-se um dos símbolos da ocupação.

Os adversários de Netanyahu acusou-o de reforçar ainda mais a divisão de Jerusalém e de minar o princípio geral de que toda a cidade é a capital indivisível de Israel.

Os blocos de concreto foram instalados sem o conhecimento de Netanyahu que ordenou a suspensão da extensão do muro, segundo a imprensa.

Jerusalém Oriental, que os palestinos querem transformar em capital de seu futuro Estado, e a Cisjordânia ocupada sofrem desde 1º de outubro uma escalada que provoca temores de uma nova revolta de grande magnitude.

Os ataques cometidos por pessoas isoladas contra soldados, policiais ou civis judeus se multiplicaram nas últimas semanas.

Não representava perigo

Domingo à noite, um homem causou pânico ao entrar armado com uma pistola e uma faca na rodoviária de Beersheba (sul). O árabe-israelense de 21 anos matou um soldado de 19 anos, pegou seu rifle M-16 e disparou indiscriminadamente, ferindo dez pessoas antes de ser baleado.

No meio da confusão, um guarda de segurança atirou em um eritreu de 29 anos, Habtom Zarhum, que tentava se proteger e que foi confundido com um agressor.

Um vídeo divulgado na internet mostra o momento em que um agente de segurança israelense abriu fogo contra um homem, provavelmente o eritreu. Outro vídeo mostra a multidão ao redor dos feridos e vários homens agredindo o eritreu.

O eritreu foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O hospital, questionado pela AFP, disse não ser capaz de dizer se Habtom Zarhum teria sobrevivido se não tivesse sido espancado.

Sari Bashi, diretor local da Human Rights Watch, considerou a morte como o "resultado trágico, mas previsível em meio a um clima onde alguns políticos israelenses incentivam os cidadãos a fazer justiça com as próprias mãos".

A polícia israelense disse que considera "extremamente grave" a agressão contra este homem. Habtom Zarhum, apresentado pela imprensa como um dos milhares de requerentes de asilo em Israe, é o primeiro morto em tais circunstâncias em Israel desde o início da nova onda de violência.

Os palestinos, essencialmente de Jerusalém Oriental, são em sua maioria os autores dos ataques que tem tirado o sono dos israelenses. Um pequeno número são de árabes israelenses, descendentes dos palestinos que permaneceram em Israel após a criação deste Estado em 1948.

As autoridades custam a conter um movimento conduzido por jovens exasperados com a ocupação israelense.

No plano internacional, além dos futuros encontros de Kerry com os líderes israelenses e palestinos, o Conselho de Segurança da ONU começou a analisar um projeto francês de declaração, não vinculativo, chamando para um retorno à calma e manter as regras que regem a Esplanada das Mesquitas em Jerusalém.

Uma das ideias apresentadas e atribuídas por Israel a Paris é a de uma presença internacional na Esplanada. Israel convocou o embaixador da França em Israel, Patrick Maisonnave, e expressou sua "firme oposição" a esta sugestão.

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