Mundo

Cortes de energia em Chernobyl preocupam Greenpeace

O grupo privado de energia AES Kievoblenergo anunciou que está "obrigado a restringir a alimentação elétrica para algumas instalações da usina de Chernobyl"


	Central de Chernobyl: A ONG de defesa do meio ambiente, Greenpeace, mostrou-se preocupada com estes cortes
 (Sergei Supinsky/AFP)

Central de Chernobyl: A ONG de defesa do meio ambiente, Greenpeace, mostrou-se preocupada com estes cortes (Sergei Supinsky/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 20h12.

A usina ucraniana de Chernobyl, onde a explosão de um reator causou a pior catástrofe nuclear da História em 1986, terá seu abastecimento elétrico reduzido nesta quinta-feira, por causa de suas dívidas, o que causou preocupação no Greenpeace.

O grupo privado de energia AES Kievoblenergo anunciou em um comunicado que está "obrigado a restringir a alimentação elétrica para algumas instalações da usina de Chernobyl".

A usina, que permanece sob vigilância desde o desligamento de seu último reator operacional no ano 2000, acumulou uma dívida de mais de 600 mil euros para seu consumo de eletricidade, segundo a mesma fonte.

A partir da quinta-feira será cortada a luz das garagens da central e "alguns outros locais" até o pagamento da dívida pela usina, destacou à AFP a porta-voz do grupo, Anastasia Iliasevitch.

Consultada sobre se esta decisão traria riscos para a segurança de Chernobyl, onde ainda existem grandes quantidades de combustível nuclear e lixo radioativo, Iliassevicth respondeu que a usina é "responsável por sua própria segurança".

A ONG de defesa do meio ambiente, Greenpeace, mostrou-se preocupada com estes cortes.

"Não haverá catástrofe global", declarou Vladimir Chuprov, encarregado do Greenpeace Rússia, citado pela agência de notícias Interfax. "Mas há lugares vulneráveis onde pode haver problemas", acrescentou.

A explosão do reator 4 da usina de Chernobyl, perto das fronteiras com a Rússia e Belarus, contaminou boa parte da Europa, sobretudo Ucrânia, Rússia e Belarus, então repúblicas da União Soviética.

O reator acidentado foi coberto rapidamente por um sarcófago de cimento, que hoje está fissurado. As obras estão em andamento para construir uma nova cobertura hermética para reduzir a ameaça da radioatividade.

Acompanhe tudo sobre:ChernobylEnergiaEnergia nuclearEuropaGreenpeaceInfraestrutura

Mais de Mundo

Como a província chinesa de Fujian resolveu problemas de produção escassa de alimentos

Comunidade empresarial chinesa faz apelo aos EUA para cancelarem medidas de tarifas sobre produtos

Netanyahu nega propostas para governo civil palestino em Gaza

EUA afirma que China 'não pode ter' Rússia e Ocidente simultaneamente

Mais na Exame