Corte orçamentário desacelerará economia britânica, segundo estudo
Londres - A recuperação da economia britânica se desacelerará na segunda metade do ano por causa da queda do clima de confiança que gerou nas empresas o drástico programa de cortes de despesa do Governo. Assim se afirma em um estudo elaborado pelos institutos de contabilidade ICAEW e Grant Thornton, que indica que, com relação […]
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2010 às 06h44.
Londres - A recuperação da economia britânica se desacelerará na segunda metade do ano por causa da queda do clima de confiança que gerou nas empresas o drástico programa de cortes de despesa do Governo.
Assim se afirma em um estudo elaborado pelos institutos de contabilidade ICAEW e Grant Thornton, que indica que, com relação ao segundo trimestre do ano, há quase 20% mais de empresas que duvidam da solidez da recuperação da economia.
Estes grupos destacaram que o orçamento de emergência aprovado pelo Governo de coalizão conservador-liberal nascido das eleições do mês de maio, que inclui severos cortes da despesa, incidiu negativamente na confiança empresarial.
Michael Izza, executivo-chefe do ICAEW, manifestou em comunicado: "As empresas do Reino Unido que sobreviveram à recessão enfrentam agora o desafio de sobreviver à recuperação".
"Ainda não sabem o que o futuro trará e contemplam com incerteza o impacto que terá na recuperação econômica o atual espírito de austeridade fiscal", assinalou Izza.
No entanto, o estudo indica que apesar da queda da confiança, houve "uma notável melhora" nas contas das empresas, com receita e lucros voltando para o terreno positivo pela primeira vez desde o começo de 2009.
Além disso, espera-se que o investimento em capital aumente 2% durante o próximo ano e que os orçamentos dedicados à pesquisa e desenvolvimento subam 1,4%.
No terreno do emprego, as perspectivas também são boas, já que as empresas registraram a menor redução anualizada de seu quadro de funcionários desde o primeiro trimestre de 2009 e esperam que a contratação aumente em 1,1% no próximo ano.
A previsão sobre os salários é que aumentem em 1,5%, embora a inflação esteja atualmente em 3,1%.
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