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Corpos de judeus mortos em atentado em Paris chegam a Israel

O avião da companhia israelense El Al que transportou os corpos de Yoram Cohen, Philippe Barham, Yoav Hatab e François Michel Saada e seus familiares

A mãe (2ª à esquerda) e a irmã de Yoav Hattab, morto em atentado a um mercado judeu em Paris, rezam sobre caixão simbólico em Israel, antes de funeral (REUTERS/Nir Kafri)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 07h24.

Jerusalém - Os corpos das quatro vítimas do atentado a um supermercado judeu em Paris na sexta-feira passada chegaram nesta terça-feira a Jerusalém para serem enterrados em um funeral oficial, que irá ocorrer no cemitério de Givat Shaul e não no Monte das Oliveiras, como estava previsto.

O avião da companhia israelense El Al que transportou os corpos de Yoram Cohen, Philippe Barham, Yoav Hatab e François Michel Saada, acompanhados de seus familiares, aterrissou no aeroporto de Ben Gurion, perto de Tel Aviv, antes do amanhecer, informou a imprensa local.

O enterro vai acontecer ao meio-dia local no maior cemitério da cidade, em cerimônia que contará com a participação do presidente Reuven Rivlin, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de ministros, deputados e rabinos.

Inicialmente, tinha sido anunciado que os quatro seriam sepultados no Monte das Oliveiras, o cemitério judaico mais antigo do mundo ainda em uso e que se encontra em Jerusalém Oriental, em frente ao Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas).

Para qualquer seguidor da fé judaica, ser enterrado ali é um privilégio por sua proximidade ao lugar onde há 2000 anos foi construído o templo de Jerusalém, e devido ao limitado espaço para os sepultamentos só as pessoas ricas ou com um reconhecido status jazem neste cemitério.

Finalmente, as autoridades decidiram que as vítimas fossem enterradas no cemitério que se encontra em um monte na entrada da cidade santa.

Segundo um comunicado oficial, a cerimônia será realizada segundo o mais estrito rito religioso judeu, com a leitura de salmos pelo grande rabino sefaradita Itzjak Yosef, o kadish (oração fúnebre) por algum membro da família, honras fúnebres pelo rabino chefe de Jerusalém, Shlomo Amar, e o acendimento de quatro velas por suas almas.

O chefe do Estado israelense, o primeiro-ministro, o chefe da oposição, Isaac Herzog, e a ministra de Ecologia e Energia, Ségolène Royal, que representará o governo francês, pronunciarão breves discursos.

O assassinato dos quatro membros da comunidade judaica francesa na série de atentados islamitas da semana passada em Paris coincide com a campanha em Israel para as eleições antecipadas de 17 de março.

Comentaristas locais e políticos criticaram Netanyahu, que concorre à reeleição, assim como o ministro de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, e o de Economia, Naftali Bennet, por aproveitarem a dor das vítimas para fazer campanha ao terem ido para a França para a grande manifestação de domingo.

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O avião da companhia israelense El Al que transportou os corpos de Yoram Cohen, Philippe Barham, Yoav Hatab e François Michel Saada, acompanhados de seus familiares, aterrissou no aeroporto de Ben Gurion, perto de Tel Aviv, antes do amanhecer, informou a imprensa local.

O enterro vai acontecer ao meio-dia local no maior cemitério da cidade, em cerimônia que contará com a participação do presidente Reuven Rivlin, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de ministros, deputados e rabinos.

Inicialmente, tinha sido anunciado que os quatro seriam sepultados no Monte das Oliveiras, o cemitério judaico mais antigo do mundo ainda em uso e que se encontra em Jerusalém Oriental, em frente ao Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas).

Para qualquer seguidor da fé judaica, ser enterrado ali é um privilégio por sua proximidade ao lugar onde há 2000 anos foi construído o templo de Jerusalém, e devido ao limitado espaço para os sepultamentos só as pessoas ricas ou com um reconhecido status jazem neste cemitério.

Finalmente, as autoridades decidiram que as vítimas fossem enterradas no cemitério que se encontra em um monte na entrada da cidade santa.

Segundo um comunicado oficial, a cerimônia será realizada segundo o mais estrito rito religioso judeu, com a leitura de salmos pelo grande rabino sefaradita Itzjak Yosef, o kadish (oração fúnebre) por algum membro da família, honras fúnebres pelo rabino chefe de Jerusalém, Shlomo Amar, e o acendimento de quatro velas por suas almas.

O chefe do Estado israelense, o primeiro-ministro, o chefe da oposição, Isaac Herzog, e a ministra de Ecologia e Energia, Ségolène Royal, que representará o governo francês, pronunciarão breves discursos.

O assassinato dos quatro membros da comunidade judaica francesa na série de atentados islamitas da semana passada em Paris coincide com a campanha em Israel para as eleições antecipadas de 17 de março.

Comentaristas locais e políticos criticaram Netanyahu, que concorre à reeleição, assim como o ministro de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, e o de Economia, Naftali Bennet, por aproveitarem a dor das vítimas para fazer campanha ao terem ido para a França para a grande manifestação de domingo.

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