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Coreia do Sul rejeita dividir Olimpíada de Inverno com Norte

Comitê organizador da Olimpíada de Inverno de 2018 em Pyeongchang rejeitou sugestão da vizinha Coreia do Norte para que provas fossem realizadas nas em Masik

Esqui: realização de eventos a centenas de quilômetros da cidade-sede é algo impraticável e que viola as regras do COI (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 09h54.

Seul  - O comitê organizador da Olimpíada de Inverno de 2018 na cidade sul-coreana de Pyeongchang rejeitou a sugestão da vizinha Coreia do Norte para que algumas provas de esqui fossem realizadas nas pistas de Masik, no território norte-coreanos.

Chang Ung, membro norte-coreano do Comitê Olímpico Internacional (COI), sugeriu na terça-feira que a Coreia do Norte estaria disposta a receber provas na sua estação de esqui localizada em Wonsan, na província de Gangwon.

Mas o Comitê Organizador dos Jogos de Pyeongchang (Pocog)respondeu nesta quarta-feira que a realização de eventos a centenas de quilômetros da cidade-sede é algo impraticável e que viola as regras do COI.

As duas Coreias, tecnicamente em guerra há mais de 60 anos, retomaram seu diálogo há poucas semanas, após meses de tensões que incluíram ameaças norte-coreanas de uma guerra nuclear contra a Coreia do Sul, os EUA e o Japão.

Em nota, o Pocog disse que é preciso "garantir que as atividades tecnológicas e administrativas estejam em condições ótimas para receber um evento -- e Jogos Olímpicos voltados para os atletas", e que "a realização dos eventos na estação de esqui de Masik, a mais de 300 quilômetros de Pyeongchang, não pode garantir o cumprimento desse objetivo".

O presidente do COI, Jacques Rogge, já havia se manifestado contra esse tipo de proposta, dizendo em 2011 que a entidade aceitaria discutir um desfile conjunto das delegações das duas Coreias na cerimônia de abertura em 2018, mas que não permitiria a partilha dos eventos.


"Quanto a dividir instalações entre os dois países, isso é algo que não consideramos sob a atual Carta Olímpica", disse Rogge.

A estação de esqui de Masik, na região central da Coreia do Norte, ainda está em construção, mas o norte-coreano Chang disse à rádio Voz da América que as instalações poderão "ser usadas em um evento internacional e possivelmente nos Jogos Olímpicos".

No mês passado, a Suíça proibiu a venda de equipamentos para a luxuosa estação de esqui norte-coreana, a ser usada pela elite local do miserável país.

O jornal Le Temps, de Genebra, noticiou em agosto que autoridades norte-coreanas procuraram empresas suíças para comprar teleféricos, num negócio que movimentaria 7 milhões de francos (7,6 milhões de dólares). As empresas foram então pedir autorização ao governo suíço, que decidiu incluir itens esportivos de luxo em sua lista de produtos com comercialização proibida para a Coreia do Norte - país que sofre diversas sanções internacionais por causa dos seus programas e armas nucleares e mísseis balísticos.

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Seul  - O comitê organizador da Olimpíada de Inverno de 2018 na cidade sul-coreana de Pyeongchang rejeitou a sugestão da vizinha Coreia do Norte para que algumas provas de esqui fossem realizadas nas pistas de Masik, no território norte-coreanos.

Chang Ung, membro norte-coreano do Comitê Olímpico Internacional (COI), sugeriu na terça-feira que a Coreia do Norte estaria disposta a receber provas na sua estação de esqui localizada em Wonsan, na província de Gangwon.

Mas o Comitê Organizador dos Jogos de Pyeongchang (Pocog)respondeu nesta quarta-feira que a realização de eventos a centenas de quilômetros da cidade-sede é algo impraticável e que viola as regras do COI.

As duas Coreias, tecnicamente em guerra há mais de 60 anos, retomaram seu diálogo há poucas semanas, após meses de tensões que incluíram ameaças norte-coreanas de uma guerra nuclear contra a Coreia do Sul, os EUA e o Japão.

Em nota, o Pocog disse que é preciso "garantir que as atividades tecnológicas e administrativas estejam em condições ótimas para receber um evento -- e Jogos Olímpicos voltados para os atletas", e que "a realização dos eventos na estação de esqui de Masik, a mais de 300 quilômetros de Pyeongchang, não pode garantir o cumprimento desse objetivo".

O presidente do COI, Jacques Rogge, já havia se manifestado contra esse tipo de proposta, dizendo em 2011 que a entidade aceitaria discutir um desfile conjunto das delegações das duas Coreias na cerimônia de abertura em 2018, mas que não permitiria a partilha dos eventos.


"Quanto a dividir instalações entre os dois países, isso é algo que não consideramos sob a atual Carta Olímpica", disse Rogge.

A estação de esqui de Masik, na região central da Coreia do Norte, ainda está em construção, mas o norte-coreano Chang disse à rádio Voz da América que as instalações poderão "ser usadas em um evento internacional e possivelmente nos Jogos Olímpicos".

No mês passado, a Suíça proibiu a venda de equipamentos para a luxuosa estação de esqui norte-coreana, a ser usada pela elite local do miserável país.

O jornal Le Temps, de Genebra, noticiou em agosto que autoridades norte-coreanas procuraram empresas suíças para comprar teleféricos, num negócio que movimentaria 7 milhões de francos (7,6 milhões de dólares). As empresas foram então pedir autorização ao governo suíço, que decidiu incluir itens esportivos de luxo em sua lista de produtos com comercialização proibida para a Coreia do Norte - país que sofre diversas sanções internacionais por causa dos seus programas e armas nucleares e mísseis balísticos.

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