Crise na Coreia do Sul: a decisão judicial foi a última novidade a chocar a quarta maior economia da Ásia (Ahn Young-joon/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de março de 2017 às 16h13.
Última atualização em 30 de março de 2017 às 16h15.
Seul - Um tribunal da Coreia do Sul determinou a prisão da ex-presidente Park Geun-hye, acusada de suborno e abuso de poder. Com isso, ela ficará confinada em uma cela apenas três semanas após ter sido retirada do principal cargo do país.
Park, de 65 anos, ficará detida enquanto os promotores apuram se ela teve um papel no grande escândalo político que provocou seu impeachment. Park nega qualquer irregularidade.
A decisão judicial, emitida nas primeiras horas desta sexta-feira (hora local), foi a última novidade a chocar a quarta maior economia da Ásia.
Park foi acusada por promotores de ajudar uma amiga de longa data, Choi Soon-sil, a extorquir doações dos maiores conglomerados empresariais do país, incluindo a Samsung, em troca de favores políticos.
Promotores indiciaram Lee Jae-yong, líder da Samsung, e também Choi, por corrupção. Ambos serão julgados e dizem ser inocentes.
A ex-presidente é uma política conservadora que assumiu em 2013, impondo uma linha-dura no tratamento com a Coreia do Norte e desenvolvendo laços próximos com os conglomerados, conhecidos como chaebol.
Ela é filha de Park Chung-hee, presidente que mais tempo ficou no poder no país, e foi a primeira mulher a chegar à presidência sul-coreana. Também tornou-se o primeiro caso de presidente que sofreu impeachment no país. Fonte: Dow Jones Newswires.