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Coreia do Sul oferece ajuda econômica ao Norte em troca de desnuclearização

A proposta do presidente Yoon Suk Yeoln não é muito diferente de outras que já foram rejeitadas no passado por Pyongyang

Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol: país oferece ajuda econômica ao Norte em troca de desnuclearização (AFP/AFP)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2022 às 10h29.

Última atualização em 15 de agosto de 2022 às 10h30.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, ofereceu nesta segunda-feira, 15, "audaciosa" ajuda econômica à Coreia do Norte se Pyongyang abandonar seu programa nuclear e, ao mesmo tempo, evitou críticas duras dias após o país vizinho ameaçar retaliar de "forma mortal" pela recente onda de covid-19 que a liderança norte-coreana atribui a Seul.

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Em discurso para comemorar do fim da colonização japonesa na Península Coreana, Yoon também pediu a melhora das relações com o Japão.

Transmitido pela TV sul-coreana, o discurso ocorreu dias após a Coreia do Norte reivindicar uma vitória amplamente questionada contra a covid-19 e culpar Seul pelo surto. Pyongyang insiste que folhetos e outros objetos lançados através da fronteira por ativistas espalharam o vírus, uma alegação sem base científica que a Coreia do Sul classificou como "ridícula".

Conservador que assumiu o poder em maio, Yoon disse hoje que a desnuclearização da Coreia do Norte seria crucial para a paz na região e no mundo. Se Pyongyang se comprometer seriamente a interromper o desenvolvimento de armas nucleares e com um processo de desnuclearização, a Coreia do Sul reagirá "com enormes benefícios econômicos" que serão liberados gradualmente, afirmou o presidente.

"Implementaremos um programa em larga escala para suprir alimentos, fornecendo assistência para o estabelecimento de infraestrutura para a produção, transmissão e distribuição de energia elétrica, além de realizar projetos de modernização de portos e aeroportos para facilitar o comércio", disse Yoon.

A proposta de Yoon não é muito diferente de ofertas anteriores da Coreia do Sul que foram rejeitadas no passado por Pyongyang, que vem acelerando esforços de expandir seu arsenal de armas nucleares e mísseis balísticos.

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