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Coreia do Norte detém estudante americano por "atos hostis"

O estudante, de 21 anos, pertencente à Universidade da Virgínia, entrou como turista no fechado país


	Coreia do Norte: o detido foi identificado como Otto Frederick Warmbier e ele está sendo interrogado pelas autoridades norte-coreanas
 (Ed Jones / AFP)

Coreia do Norte: o detido foi identificado como Otto Frederick Warmbier e ele está sendo interrogado pelas autoridades norte-coreanas (Ed Jones / AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 07h46.

Seul - A Coreia do Norte deteve um estudante americano que teria cometido "atos hostis" contra o regime de Pyongyang, informou o governo nesta sexta-feira através de sua agência de notícias estatal, "KCNA".

O breve texto divulgado pela agência identificou o detido como Otto Frederick Warmbier, de 21 anos, e se limitou a dizer que ele está sendo interrogado pelas autoridades norte-coreanas após ser surpreendido tomando parte em atividades contra o Estado.

O estudante, pertencente à Universidade da Virgínia, entrou como turista no fechado país, acrescentou a fonte que não especificou a data de sua detenção.

O escritório indicou que o jovem entrou na Coreia do Norte "com o objetivo de derrubar os alicerces de sua unidade monolítica em conivência tácita com o governo dos EUA".

Segundo o jornal britânico "Daily Mail", Warmbier foi detido no dia 2 de janeiro após passar cinco dias no país, quando se preparava para embarcar para a China.

Com este chegam a três os ocidentais detidos na Coreia do Norte, todos eles acusados de cometer atos contra o regime de Kim Jong-un.

Os outros dois são Hyeon Soo-Lim, um pastor cristão nascido no Canadá condenado a prisão perpétua, e Kim Dong-Chul, um sul-coreano naturalizado americano cuja detenção foi revelada há pouco por uma rede de televisão que pôde falar recentemente com ele na Coreia do Norte.

Em outubro, Pyongyang libertou um estudante americano da Universidade de Nova York que permaneceu retido no país seis meses por ser acusado de entrar ilegalmente no país.

Analistas consultados pela agência sul-coreana "Yonhap" consideram que o anúncio de hoje pode ser interpretado como uma "medida de pressão" contra Washington em um momento no qual o Conselho de Segurança da ONU avalia novas sanções contra Pyongyang em resposta ao teste nuclear realizado em 6 de janeiro.

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