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Coreia do Norte critica declarações de assessor de Segurança dos EUA

O assessor disse que os EUA não veem "indicações reais" de que a Coreia do Norte queira se desfazer do seu arsenal nuclear

Coreia do Norte: "Nunca esperávamos que Bolton fizesse comentários razoáveis", afirmou Choe (Alessandro Bianchi/Reuters)

Coreia do Norte: "Nunca esperávamos que Bolton fizesse comentários razoáveis", afirmou Choe (Alessandro Bianchi/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de abril de 2019 às 10h59.

Seul - Uma integrante do alto escalão do governo da Coreia do Norte alertou neste sábado que não terá nenhum efeito positivo se o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, voltar a duvidar da intenção do país asiático de avançar no processo de encerramento de seu programa nuclear.

Choe son-hui, primeira vice-ministra de Relações Exteriores do regime de Pyongyang, citou uma entrevista de Bolton à rede de televisão "Bloomberg" na qual ele disse que os Estados Unidos não veem "indicações reais" de que a Coreia do Norte queira se desfazer do seu arsenal nuclear.

"Nunca esperávamos que Bolton fizesse comentários razoáveis", afirmou Choe, responsável pelas relações com os Estados Unidos no Ministério das Relações Exteriores, em declarações dadas à agência estatal norte-coreana de notícias "KCNA".

"Por ser o principal conselheiro de segurança da Casa Branca, Bolton deveria levar em conta o contexto das discussões entre membros do alto escalão (dos dois países) para a realização de uma terceira cúpula (entre os presidentes Donald Trump e Kim Jong-un), acrescentou.

"Não pode sair nada bom se continuar falando dessa forma no futuro", advertiu a funcionária do regime de Pyongyang.

Essa não foi a primeira vez que a Coreia do Norte criticou Bolton, mas a advertência aconteceu apenas dois dias depois de Pyongyang pedir que Washington substitua o secretário de Estado, Mike Pompeo, como interlocutor com o regime de Kim Jong-un.

Além disso, os comentários de Choe foram feitos depois do fracasso da segunda cúpula entre o líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, realizada em fevereiro, como continuação do encontro que tiveram em junho de 2018 em Singapura.

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