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Conselho de Segurança reúne-se para analisar repressão na Síria

Países europeus pressionam para que a ONU condene o regime de Bashar al Assad

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2011 às 14h19.

Nova York - O Conselho de Segurança da ONU acertou uma reunião nesta segunda-feira para analisar o recrudescimento da repressão do governo sírio contra os manifestantes da oposição, depois que registrassem no domingo pelo menos 120 mortes no país árabe.

A presidência do principal órgão internacional de segurança, que a partir desta segunda-feira cabe à Índia, aceitou o pedido da delegação alemã para realizar a partir das 18h (horário de Brasília) consultas a portas fechadas sobre a situação na Síria, informou um porta-voz da Missão da Alemanha perante a ONU.

O embaixador alemão, Peter Wittig, que até no domingo ocupou a Presidência rotativa do Conselho, pediu aos diplomatas indianos que convocassem com caráter de urgência o principal órgão executivo da ONU depois que Bashar al Assad redobrasse sua campanha de repressão e mobilizasse os tanques em várias cidades sírias.

O pedido alemão reflete a vontade dos outros membros da União Europeia (UE) do Conselho, principalmente os permanentes - França e Reino Unido -, que o órgão condene finalmente Damasco após várias tentativas infrutíferas da ONU.

"Esperamos uma reação forte e clara do Conselho de Segurança. Não podemos continuar sendo cúmplices silenciosos da sangrenta repressão do regime sírio", asseguraram à Agência Efe fontes diplomáticas europeias, que acreditam que "a ausência de uma mensagem do Conselho incentivou Al-Assad a seguir adiante com a repressão".

Há dois meses, os países da UE que participam do Conselho tentaram lançar adiante, apoiados pelos Estados Unidos, um projeto de resolução de pena ao regime de Al-Assad que ficou paralisado depois que China e Rússia ameaçassem exercer o direito a veto e que Índia, África do Sul, Brasil e Líbano mostrassem também sua oposição.

"Esperamos que alguns deles, principalmente os países que são democráticos, mudem de opinião", disseram as fontes diplomáticas consultadas pela Efe, que seguem apostando no projeto de resolução apresentado em junho, um texto que reflete uma condenação que "não se pensa reduzir".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou "firmemente o uso da força contra a população civil" e no qual lançou uma nova chamada ao Governo sírio para que "detenha sua ofensiva violenta de uma vez por todas", segundo um comunicado emitido pelo escritório de seu porta-voz.

Além disso, lembrou mais uma vez às autoridades sírias que têm a obrigação de "respeitar os direitos humanos do povo sírio, incluindo sua liberdade de expressão e seu direito a reunir-se pacificamente", ao tempo que as exortou a escutar "suas legítimas aspirações".

Ban também insistiu que o regime de Al-Assad que é "responsável sob as leis internacionais humanitárias dos atos de violência contra a população civil".

O principal responsável da ONU pediu em diversas ocasiões ao Conselho de Segurança que condenasse a violência do regime sírio enquanto, na semana passada, vários assessores do organismo alertaram de que a Síria poderia ser palco de crimes de guerra e de graves crimes contra a humanidade devido à repressão governamental.

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Nova York - O Conselho de Segurança da ONU acertou uma reunião nesta segunda-feira para analisar o recrudescimento da repressão do governo sírio contra os manifestantes da oposição, depois que registrassem no domingo pelo menos 120 mortes no país árabe.

A presidência do principal órgão internacional de segurança, que a partir desta segunda-feira cabe à Índia, aceitou o pedido da delegação alemã para realizar a partir das 18h (horário de Brasília) consultas a portas fechadas sobre a situação na Síria, informou um porta-voz da Missão da Alemanha perante a ONU.

O embaixador alemão, Peter Wittig, que até no domingo ocupou a Presidência rotativa do Conselho, pediu aos diplomatas indianos que convocassem com caráter de urgência o principal órgão executivo da ONU depois que Bashar al Assad redobrasse sua campanha de repressão e mobilizasse os tanques em várias cidades sírias.

O pedido alemão reflete a vontade dos outros membros da União Europeia (UE) do Conselho, principalmente os permanentes - França e Reino Unido -, que o órgão condene finalmente Damasco após várias tentativas infrutíferas da ONU.

"Esperamos uma reação forte e clara do Conselho de Segurança. Não podemos continuar sendo cúmplices silenciosos da sangrenta repressão do regime sírio", asseguraram à Agência Efe fontes diplomáticas europeias, que acreditam que "a ausência de uma mensagem do Conselho incentivou Al-Assad a seguir adiante com a repressão".

Há dois meses, os países da UE que participam do Conselho tentaram lançar adiante, apoiados pelos Estados Unidos, um projeto de resolução de pena ao regime de Al-Assad que ficou paralisado depois que China e Rússia ameaçassem exercer o direito a veto e que Índia, África do Sul, Brasil e Líbano mostrassem também sua oposição.

"Esperamos que alguns deles, principalmente os países que são democráticos, mudem de opinião", disseram as fontes diplomáticas consultadas pela Efe, que seguem apostando no projeto de resolução apresentado em junho, um texto que reflete uma condenação que "não se pensa reduzir".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou "firmemente o uso da força contra a população civil" e no qual lançou uma nova chamada ao Governo sírio para que "detenha sua ofensiva violenta de uma vez por todas", segundo um comunicado emitido pelo escritório de seu porta-voz.

Além disso, lembrou mais uma vez às autoridades sírias que têm a obrigação de "respeitar os direitos humanos do povo sírio, incluindo sua liberdade de expressão e seu direito a reunir-se pacificamente", ao tempo que as exortou a escutar "suas legítimas aspirações".

Ban também insistiu que o regime de Al-Assad que é "responsável sob as leis internacionais humanitárias dos atos de violência contra a população civil".

O principal responsável da ONU pediu em diversas ocasiões ao Conselho de Segurança que condenasse a violência do regime sírio enquanto, na semana passada, vários assessores do organismo alertaram de que a Síria poderia ser palco de crimes de guerra e de graves crimes contra a humanidade devido à repressão governamental.

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