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Conselho de Segurança condena lançamento de míssil norte-coreano

Os 15 Estados-membros expressaram sua preocupação com o "comportamento altamente desestabilizador" do governo norte-coreano

Coreia do Norte: em seu encontro com Xi, Trump lhe advertirá que "esgotou o tempo" para ser paciente com a Coreia do Norte (KCNA/Reuters)
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EFE

Publicado em 6 de abril de 2017 às 17h05.

Nações Unidas - Os países do Conselho de Segurança da ONU condenaram nesta quinta-feira o novo míssil de médio alcance lançado pela Coreia do Norte e reiteraram sua disposição a impor novas sanções ao país asiático.

Os 15 Estados-membros, em comunicado pactuado por todos eles, expressaram sua preocupação com o "comportamento altamente desestabilizador" do governo norte-coreano e seu "flagrante e provocador desafio" ao Conselho de Segurança, que proibiu o país de realizar este tipo de teste militar.

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O principal órgão de decisão das Nações Unidas lembrou que o lançamento deste último míssil acontece menos de três semanas depois do anterior e se segue a várias outras provas neste ano.

"Os membros do Conselho de Segurança deploram todas as atividades com mísseis balísticos da República Popular Democrática de Coreia, incluindo este lançamento", assinalaram em sua nota.

Mais uma vez, os 15 países exigiram ao regime norte-coreano que abandone imediatamente este tipo de ação, que viola as resoluções aprovadas pelo órgão e que contribui ao desenvolvimento de seus sistemas para transportar armas atômicas.

Como faz habitualmente, o Conselho de Segurança expressou hoje sua disposição em adotar "novas medidas significativas" em resposta às ações da Coreia do Norte, utilizando a linguagem diplomática com a qual o órgão se refere a possíveis sanções.

A ONU já tem em vigor grandes castigos contra o regime de Kim Jong-un por seu programa nuclear e seus repetidos desafios armamentistas.

A Coreia do Norte disparou seu último míssil de médio alcance nas vésperas das reuniões que começam hoje na Flórida entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, na qual espera-se que a questão norte-coreana seja um assunto central.

Ontem, o governo chinês voltou a pedir prudência a todas as partes, sem condenar diretamente o último teste dirigido por Pyongyang, e descartou que a ação guarde "relação direta" com o primeiro encontro entre Xi e Trump.

Por sua parte, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, se referiu ao lançamento deste míssil em um breve comunicado no qual se limitou a assinalar que seu país "falou o suficiente sobre a Coreia do Norte".

Um alto funcionário da Casa Branca antecipou esta semana que, em seu encontro com Xi, Trump lhe advertirá que "esgotou o tempo" para ser paciente com a Coreia do Norte, e que os EUA têm agora "todas as opções sobre a mesa" para pressionar Pyongyang, com ou sem o apoio da China.

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