Conselho da ONU rejeita resoluções dos EUA e Rússia sobre Israel e Hamas
A resolução da Rússia pedia, novamente, "o estabelecimento imediato de um cessar-fogo humanitário duradouro e plenamente respeitado" e condenava "toda a violência e hostilidades contra civis"
Agência de notícias
Publicado em 25 de outubro de 2023 às 18h53.
Nesta quarta-feira, 25, o Conselho de Segurança da ONU vetou dois novos projetos de resolução sobre a guerra entre Israel e o Hamas, produzidos pela Rússia e pelos Estados Unidos.
A resolução da Rússia pedia, novamente, "o estabelecimento imediato de um cessar-fogo humanitário duradouro e plenamente respeitado" e condenava "toda a violência e hostilidades contra civis".
O texto, que é diferente ao elaborado na semana anterior e que recebeu votos de apenas cinco países, mencionava especificamente o Hamas e "condena os abomináveis ataques" do movimento terrorista palestino em Israel, em 7 de outubro.
As das mudanças realizadas à resolução não foram suficientes para passar o texto, que foi rejeitado pelos países-membros do Conselho de Segurança na sessão desta quarta-feira.
Histórico de resoluções
Na última semana, uma resolução elaborada pelo Brasil, que havia recebido 12 votos a favor, foi vetada pelos Estados Unidos. A representante dos EUA garantiu que a proposta brasileira havia sido contemplada na nova resolução apresentada nesta quarta-feira.
No entanto, a nova resolução dos EUA foi vetada pela Rússia e China. Ela foi construída sobre diversos elementos do projeto brasileiro, como a condenação ao que chamou de "terrorismo bárbaro", mas mencionava a necessidade dos países reconhecerem explicitamente o "imperativo dos Estados de se defenderem", em referência ao ataque terrorista cometido pelo Hamas contra o território israelense no dia 7 de outubro. A resolução americana contemplava também a proteção de civis, bem como a entrada de ajuda humanitária a Gaza.
Após a apreciação da resoluções, o Conselho discutiu algumas deliberações sobre a guerra entre Israel e Hamas.
Para ser adotada, uma resolução exige a aprovação de pelo menos nove dos 15 membros do Conselho e sem veto de nenhum dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China).