Mundo

Comitê que investiga ataque ao Capitólio dos EUA detalha atuação de Trump

"Não fez nada para realmente conter os distúrbios", ressaltou a legisladora democrata de Virgínia

"Donald Trump nunca pegou o telefone naquele dia para ordenar que seu governo ajudasse" (JIM WATSON / AFP/Getty Images)

"Donald Trump nunca pegou o telefone naquele dia para ordenar que seu governo ajudasse" (JIM WATSON / AFP/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 21 de julho de 2022 às 11h20.

Última atualização em 21 de julho de 2022 às 14h01.

O comitê legislativo que investiga o ataque ao Congresso dos Estados Unidos por apoiadores de Donald Trump conclui, nesta quinta-feira (21), suas audiências públicas com um final televisionado em horário nobre, no qual analisará em detalhes a atuação do ex-presidente.

"É muito simples", disse a congressista Elaine Luria, que integra a comissão de sete democratas e dois republicanos e que votou a favor de processar Trump após o ataque violento de 6 de janeiro de 2021.

Leia também: Rússia retoma fornecimento de gás do Nord Stream para a Europa

"Não fez nada para realmente conter os distúrbios", ressaltou a legisladora democrata de Virgínia, apesar de "seus assessores terem pedido continuamente que fizesse algo".

Luria disse à CNN que o comitê examinará as ações de Trump "minuto a minuto", começando com o discurso incendiário que ele fez perto da Casa Branca, onde alegou que a eleição presidencial de novembro de 2020 foi roubada dele, até seu pedido aos insurgentes, a quem descreveu como "muito especiais", para voltar para casa.

Liz Cheney, vice-presidente republicana do comitê, afirmou que o painel apresentará evidências de que "Donald Trump nunca pegou o telefone naquele dia para ordenar que seu governo ajudasse".

"Por várias horas, Donald Trump se recusou a intervir para impedir" o ataque, disse Cheney.

A comissão intimou vários assessores e conselheiros de Trump em um esforço para determinar se o ex-presidente e seus associados planejaram ou incentivaram o ataque que buscava impedir a certificação da vitória na eleição do democrata Joe Biden.

A audiência de duas horas desta quinta-feira, a oitava do comitê, começará às 20h, horário local (21h00 no horário de Brasília). Espera-se que seja a última, embora o comitê não tenha descartado mais sessões.

Duas testemunhas devem depor ao vivo nesta quinta-feira: a ex-secretária adjunta de imprensa da Casa Branca, Sarah Matthews; e Matthew Pottinger, que serviu no Conselho de Segurança Nacional.

Ambos renunciaram em 6 de janeiro, quando partidários de Trump invadiram o Capitólio.

Membros do comitê afirmam que trechos do depoimento em vídeo do então advogado da Casa Branca Pat Cipollone também serão apresentados durante a audiência.

Em uma nota divulgada anteriormente, Cipollone disse que não havia evidências de fraude eleitoral significativa e que Trump deveria ter dado a vitória a Biden.

Veja também:

Novo presidente do Sri Lanka busca governo de unidade em meio à crise

Primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, renuncia

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpProtestosWashington (DC)

Mais de Mundo

Ataque com drones ucranianos atinge prédio residencial de 37 andares e causa explosões na Rússia

Sobe para cinco o número de mortos em ataque a Mercado de Natal na Alemanha

Volkswagen fecha acordo com sindicatos para cortar 35 mil postos de trabalho na Alemanha

Pandemia traz lições de como lidar com tarifas de Trump, diz professor de inovação no IMD