Comissão eleitoral recomenda anular eleições no Haiti
"Seria justo e equilibrado, ao menos em nível de eleições presidenciais, que o processo fosse retomado do zero", declarou o presidente da comissão
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2016 às 09h14.
A comissão independente de verificação e avaliação eleitoral do Haiti recomendou em um relatório entregue nesta segunda-feira a anulação do primeiro turno das eleições presidenciais celebradas no dia 25 de outubro passado, devido a fraudes.
"Seria justo e equilibrado, ao menos em nível de eleições presidenciais, que o processo fosse retomado do zero", declarou François Benoit, presidente da comissão.
Benoit justificou a recomendação pelo fato de que "o número de votos não verificáveis praticamente superou os votos legítimos obtidos pelos políticos".
O Haiti está mergulhado em uma crise política profunda desde a suspensão do processo eleitoral, em janeiro, devido a acusações da oposição naquele momento sobre um "golpe de Estado eleitoral" fomentado pelo então presidente Michel Martelly.
O relatório da comissão, que analisou durante um mês documentos eleitorais, confirma as acusações de fraude formuladas pela oposição e as principais organizações da sociedade civil.
"Tomaram liberdades em relação à lei, ao processo eleitoral, e criaram uma ampla gama de votos fantasma, inverificáveis", explicou François Benoit.
"Gente desaparecida por morte natural, principalmente durante o terremoto, ainda aparece nos padrões eleitorais", denunciou.
Após vários adiamentos das eleições, Martelly concluiu seu mandato no dia 7 de fevereiro, sem entregar o cargo a um sucessor.
Jocelerme Privert assumiu como presidente provisório por três meses, para organizar eleições no dia 24 de abril, mas a desconfiança no seio da classe política bloqueou o processo, mergulhando o país na incerteza.
A comissão independente de verificação e avaliação eleitoral do Haiti recomendou em um relatório entregue nesta segunda-feira a anulação do primeiro turno das eleições presidenciais celebradas no dia 25 de outubro passado, devido a fraudes.
"Seria justo e equilibrado, ao menos em nível de eleições presidenciais, que o processo fosse retomado do zero", declarou François Benoit, presidente da comissão.
Benoit justificou a recomendação pelo fato de que "o número de votos não verificáveis praticamente superou os votos legítimos obtidos pelos políticos".
O Haiti está mergulhado em uma crise política profunda desde a suspensão do processo eleitoral, em janeiro, devido a acusações da oposição naquele momento sobre um "golpe de Estado eleitoral" fomentado pelo então presidente Michel Martelly.
O relatório da comissão, que analisou durante um mês documentos eleitorais, confirma as acusações de fraude formuladas pela oposição e as principais organizações da sociedade civil.
"Tomaram liberdades em relação à lei, ao processo eleitoral, e criaram uma ampla gama de votos fantasma, inverificáveis", explicou François Benoit.
"Gente desaparecida por morte natural, principalmente durante o terremoto, ainda aparece nos padrões eleitorais", denunciou.
Após vários adiamentos das eleições, Martelly concluiu seu mandato no dia 7 de fevereiro, sem entregar o cargo a um sucessor.
Jocelerme Privert assumiu como presidente provisório por três meses, para organizar eleições no dia 24 de abril, mas a desconfiança no seio da classe política bloqueou o processo, mergulhando o país na incerteza.