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Comissão do Senado rejeita convocação de 'aloprados'

Entre os pedidos, estavam o de que Ideli Salvatti comparecesse à CAE

Aloysio Nunes, do PSDB, cuidou de encaminhar propostas à comissão do Senado (José Cruz/ABr)

Aloysio Nunes, do PSDB, cuidou de encaminhar propostas à comissão do Senado (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 13h12.

Brasília - Senadores da base de apoio do governo rejeitaram nesta manhã, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), três requerimentos relacionados ao esquema dos "aloprados". Um deles pedia a convocação da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que, segundo a revista Veja, teria participado de uma reunião no gabinete do então senador Aloizio Mercadante (PT-SP) com envolvidos no esquema.

Os outros requerimentos convidavam a depor o petista Expedito Veloso, um dos participantes do esquema, e a ex-senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que teria informações sobre a montagem do falso dossiê sobre o então candidato tucano à Prefeitura de São Paulo José Serra.

Outra tentativa de investigar o esquema dos aloprados foi frustrada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pelo adiamento para agosto da votação dos mesmos requerimentos.

Na ausência do autor dos pedidos, o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), que estava em outra comissão ouvindo o ex-diretor do DNIT Luiz Antonio Pagot, coube ao senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) encaminhar as propostas na CAE. Ele lembrou que a ideia de forjar um dossiê falso para prejudicar Serra e com isso favorecer o petista Aloizio Mercadante "foi uma das coisas mais degradantes que ocorreu na política brasileira nos últimos tempos".

No seu entender, seria melhor para os governistas "colocar a questão em pratos limpos" em vez de evitá-la. O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) acrescentou que "a base do governo teme e teme muito" eventuais revelações sobre o esquema dos aloprados. Já o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), alegou que a ministra Ideli e a CAE nada têm a ver com o episódio.

O presidente da comissão, Delcídio do Amaral (PT-MT), leu carta de Expedito Veloso, na qual ele afirma que atenderia ao convite, "em respeito à comissão e ao Senado", mas que nada teria a acrescentar aos depoimentos que prestou sobre o esquema, entre outros, à Polícia Federal e ao Ministério Público. Veloso negou ter acusado o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercante, de ser o mentor da farsa nas declarações publicadas pela revista Veja.

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