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Começa no Japão primeira campanha eleitoral pós-Fukushima

Campanha eleitoral é a primeira no país desde o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, que ainda pesa na opinião pública japonesa

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 08h52.

Fukushima - Candidatos foram às ruas nesta terça-feira no início oficial de uma campanha eleitoral que deve levar o Partido Liberal Democrata (PLD) de volta ao poder no Japão , mas que pode prolongar os impasses políticos na terceira maior economia mundial.

A campanha eleitoral é a primeira no país desde o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, e o incidente ainda pesa na opinião pública japonesa. Num sinal disso, o ex-premiê Shinzo Abe, do PLD, e o atual primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, do Partido Democrático do Japão (PDJ), escolheram a província de Fukushima para iniciar suas respectivas campanhas.

O papel das usinas nucleares é um dos grandes temas da campanha, depois do acidente de 2011 causado por um terremoto seguido de tsunami que deixou 160 mil desabrigados e destruiu o mito de que a energia atômica é segura, barata e limpa.

Mas os eleitores também estão atentos às propostas dos partidos para resgatar o Japão do que parece ser a quarta recessão desde 2000 e para lidar com a ascensão da China, num momento em que uma disputa territorial acirra ânimos nacionalistas nos dois países.

"Nossa missão é proteger a segurança das nossas crianças e do público, proteger nosso território e as lindas águas", disse Abe num comício em Fukushima, sob céu nublado. "Estamos determinados a conquistar a maioria com o partido Novo Komeito (aliado do PLD) e recuperar o poder." No meio da multidão, um homem segurava um cartaz criticando o PLD por ter promovido a energia nuclear durante várias décadas. "Foi o PLD que construiu as usinas nucleares em Fukushima", dizia o cartaz.

Depois do acidente de Fukushima, todos os reatores nucleares japoneses foram desligados. O PLD diz que pretende gradualmente reativar aqueles que forem considerados seguros. Já o PDJ tem a meta de abandonar totalmente a energia nuclear até 2030.

O PDJ chegou ao poder pela primeira vez em 2009, prometendo um governo de políticos, e não de burocratas, com mais atenção aos interesses dos consumidores do que das corporações. Noda é o terceiro premiê do partido desde então.

"Esta eleição é sobre se iremos avançar com o que devemos fazer, ou voltar o relógio para a política do passado", disse Noda a simpatizantes em Iwaki, também na prefeitura de Fukushima.

As pesquisas sugerem que, entre 1.500 candidatos de 12 partidos, o PLD deve formar a maior bancada na câmara baixa, mas que sua vantagem sobre o PDJ está diminuindo. Isso abre a possibilidade de que uma aliança com o Novo Komeito não baste para o conservador PLD formar um governo, necessitando de um terceiro sócio para a coalizão.

Uma opção para o PLD seria o recém-fundado Partido da Restauração do Japão, de direita, sob o comando do popular prefeito de Osaka, Toru Hashimoto. Outras possibilidades seriam se aliar a partidos menores, ou mesmo a um castigado PDJ.

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Fukushima - Candidatos foram às ruas nesta terça-feira no início oficial de uma campanha eleitoral que deve levar o Partido Liberal Democrata (PLD) de volta ao poder no Japão , mas que pode prolongar os impasses políticos na terceira maior economia mundial.

A campanha eleitoral é a primeira no país desde o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, e o incidente ainda pesa na opinião pública japonesa. Num sinal disso, o ex-premiê Shinzo Abe, do PLD, e o atual primeiro-ministro, Yoshihiko Noda, do Partido Democrático do Japão (PDJ), escolheram a província de Fukushima para iniciar suas respectivas campanhas.

O papel das usinas nucleares é um dos grandes temas da campanha, depois do acidente de 2011 causado por um terremoto seguido de tsunami que deixou 160 mil desabrigados e destruiu o mito de que a energia atômica é segura, barata e limpa.

Mas os eleitores também estão atentos às propostas dos partidos para resgatar o Japão do que parece ser a quarta recessão desde 2000 e para lidar com a ascensão da China, num momento em que uma disputa territorial acirra ânimos nacionalistas nos dois países.

"Nossa missão é proteger a segurança das nossas crianças e do público, proteger nosso território e as lindas águas", disse Abe num comício em Fukushima, sob céu nublado. "Estamos determinados a conquistar a maioria com o partido Novo Komeito (aliado do PLD) e recuperar o poder." No meio da multidão, um homem segurava um cartaz criticando o PLD por ter promovido a energia nuclear durante várias décadas. "Foi o PLD que construiu as usinas nucleares em Fukushima", dizia o cartaz.

Depois do acidente de Fukushima, todos os reatores nucleares japoneses foram desligados. O PLD diz que pretende gradualmente reativar aqueles que forem considerados seguros. Já o PDJ tem a meta de abandonar totalmente a energia nuclear até 2030.

O PDJ chegou ao poder pela primeira vez em 2009, prometendo um governo de políticos, e não de burocratas, com mais atenção aos interesses dos consumidores do que das corporações. Noda é o terceiro premiê do partido desde então.

"Esta eleição é sobre se iremos avançar com o que devemos fazer, ou voltar o relógio para a política do passado", disse Noda a simpatizantes em Iwaki, também na prefeitura de Fukushima.

As pesquisas sugerem que, entre 1.500 candidatos de 12 partidos, o PLD deve formar a maior bancada na câmara baixa, mas que sua vantagem sobre o PDJ está diminuindo. Isso abre a possibilidade de que uma aliança com o Novo Komeito não baste para o conservador PLD formar um governo, necessitando de um terceiro sócio para a coalizão.

Uma opção para o PLD seria o recém-fundado Partido da Restauração do Japão, de direita, sob o comando do popular prefeito de Osaka, Toru Hashimoto. Outras possibilidades seriam se aliar a partidos menores, ou mesmo a um castigado PDJ.

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