Começa envio de ajuda humanitária que está na Colômbia à Venezuela
Em Tienditas estão armazenadas as mais de 600 toneladas de alimentos, remédios e suprimentos de higiene
EFE
Publicado em 23 de fevereiro de 2019 às 14h19.
Cúcuta - Os presidentes de Colômbia, Iván Duque; Chile, Sebastián Piñera; e Paraguai, Mario Abdo Benítez; Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino da Venezuela, e o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, deram neste sábado a ordem de saída maciça da ajuda humanitária para o país petroleiro.
Os líderes, reunidos no lado colombiano da ponte Tienditas, acompanharam a saída de 14 caminhões, conduzidos por venezuelanos, com destino à Venezuela sob os aplausos dos cidadãos que se aproximaram para presenciar a saída.
Antes da partida, Guaidó subiu em um dos veículos e saudou o público.
Em Tienditas estão armazenadas as mais de 600 toneladas de alimentos, remédios e suprimentos de higiene destinados a atenuar a crise na Venezuela que tentarão entrar no país por pelo menos quatro passagens fronteiriças.
Segundo a União Nacional para a Gestão do Risco de Desastres da Colômbia (UNGRD), cada veículo está carregado com cerca de 20 toneladas de ajuda, para um total de 280 toneladas que tentarão entregar neste sábado para abastecer 40 mil pessoas.
No entanto, o Governo da Venezuela informou ontem que fechou de forma "total" a fronteira com a Colômbia diante de supostas "ameaças" contra a sua soberania.
Maduro também ordenou o fechamento de comunicações com as ilhas de Aruba, Bonaire e Curaçao e da fronteira com o Brasil, onde também estão armazenadas ajudas para os venezuelanos.
"A verdade até o momento estivemos bem aqui. Estamos ajudando ao povo da Venezuela com a ajuda humanitária para todas aquelas pessoas que a estão precisando", disse um dos motoristas dos caminhões.
Os presidentes de Chile e Paraguai, assim como Almagro e Guaidó, chegaram ontem a Cúcuta para assistir ao show "Venezuela Aid Live", organizado pelo multimilionário Richard Branson para arrecadar US$ 100 milhões e que serão utilizados para adquirir mais ajudas humanitárias.