Combates nos arredores de base do exército sírio
Enquanto isso, a Força Aérea realizou novos ataques mortais, depois de os rebeldes terem derrubado em menos de 24 horas duas de suas aeronaves com mísseis
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2012 às 14h47.
Damasco - Os rebeldes acentuaram nesta quinta-feira a pressão sobre o Exército da Síria na região norte do país ao lançarem uma ofensiva contra uma das últimas bases controladas pelo regime, pouco antes da apresentação de um relatório sobre a guerra civil pelo emissário internacional ao Conselho de Segurança da ONU.
Enquanto isso, a Força Aérea realizou novos ataques mortais, depois de os rebeldes terem derrubado em menos de 24 horas duas de suas aeronaves com mísseis.
Ao menos quinze civis, entre eles cinco crianças e duas mulheres, morreram nesta quinta no ataque de um caça do Exército sírio contra um bairro de Aleppo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Em imagens postadas na internet por militantes, alguns moradores, que tentavam socorrer uma criança agonizante, afirmaram que no ataque foram utilizados barris cheios de explosivos.
Ao redor da cratera criada na explosão, é possível ver cadáveres, incluindo o de uma criança, com o corpo ensanguentado e coberto de poeira, próximo de veículos e de vários edifícios destruídos.
Mais a oeste, os rebeldes lançaram uma ofensiva contra a base de Wadi Deif, um dos últimos locais controlados pelo Exército na região, indicou a ONG, que se baseia em uma ampla rede de militantes e médicos em todo o país.
Os insurgentes querem estender seu controle na região norte, ao longo das fronteiras turca e iraquiana, enquanto as tropas do regime tentam neutralizar os rebeldes numa região que vai do sul do país, passando pela capital, até o noroeste, em Lattakia.
O subúrbio de Damasco foi atingido na quarta-feira por atentados que causaram mais de 54 mortes em Manjara, localidade favorável à Bashar al-Assad e de maioria drusa e cristã.
A Rússia, importante aliada do governo sírio, condenou com veemência esses atentados, considerando que os atos são "crimes de terroristas, que nada pode justificar", enquanto a ONU "condenou nos termos mais fortes os ataques terroristas".
Nesta quinta-feira, as autoridades fecharam a estrada que liga Damasco ao aeroporto, devido à violência na periferia, segundo o OSDH, que relatou o bombardeio por parte da aviação síria de regiões de pomares nos arredores da capital, onde membros da rebelião estão concentrados.
Também foram registrados ataques com foguetes no sul de Damasco, segundo o OSDH, que também indicou combates em Deir Ezzor (leste), Aleppo (norte), Idleb (noroeste) e Homs (centro).
Na quarta-feira, 158 pessoas, entre elas 99 civis, morreram, de acordo com a ONG, que contabiliza mais de 40.000 mortos desde o início da revolta popular, em março de 2011.
Enquanto não há indícios de uma diminuição da violência, estava previsto que Brahimi prestasse contas, a partir das 14h00 GMT (12h00 de Brasília) sobre sua missão ao Conselho de Segurança da ONU, que continua dividido entre ocidentais de um lado e russos e chineses do outro.
Ainda no plano diplomático, o governo da Espanha reconheceu a Coalizão de Oposição síria como "representante legítima do povo sírio", assim como haviam feito Londres, Paris, Ancara e os Estados do Golfo.
A ONG Campanha Internacional para a Proibição de Minas (ICBL) acusou o governo sírio de ser o único no mundo a utilizar minas antipessoais este ano, enquanto a organização Human Rights Watch (HRW) denunciou a utilização pelos rebeldes de crianças para transportar armas, equipamentos ou fazer vigilância.
Além disso, em um novo vídeo, a jornalista ucraniana Ankhar Kochneva, sequestrada por rebeldes no início de outubro, afirmou que foi enviada para a Síria pela inteligência russa, declarações provavelmente feitas sob coação.
Um médico britânico, Abbas Khan, que operava nos hospitais de campanha dos rebeldes no norte do país foi preso pelas forças do regime, de acordo com o OSDH, que insiste que ele não era "um combatente rebelde nem um jihadista".
Damasco - Os rebeldes acentuaram nesta quinta-feira a pressão sobre o Exército da Síria na região norte do país ao lançarem uma ofensiva contra uma das últimas bases controladas pelo regime, pouco antes da apresentação de um relatório sobre a guerra civil pelo emissário internacional ao Conselho de Segurança da ONU.
Enquanto isso, a Força Aérea realizou novos ataques mortais, depois de os rebeldes terem derrubado em menos de 24 horas duas de suas aeronaves com mísseis.
Ao menos quinze civis, entre eles cinco crianças e duas mulheres, morreram nesta quinta no ataque de um caça do Exército sírio contra um bairro de Aleppo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Em imagens postadas na internet por militantes, alguns moradores, que tentavam socorrer uma criança agonizante, afirmaram que no ataque foram utilizados barris cheios de explosivos.
Ao redor da cratera criada na explosão, é possível ver cadáveres, incluindo o de uma criança, com o corpo ensanguentado e coberto de poeira, próximo de veículos e de vários edifícios destruídos.
Mais a oeste, os rebeldes lançaram uma ofensiva contra a base de Wadi Deif, um dos últimos locais controlados pelo Exército na região, indicou a ONG, que se baseia em uma ampla rede de militantes e médicos em todo o país.
Os insurgentes querem estender seu controle na região norte, ao longo das fronteiras turca e iraquiana, enquanto as tropas do regime tentam neutralizar os rebeldes numa região que vai do sul do país, passando pela capital, até o noroeste, em Lattakia.
O subúrbio de Damasco foi atingido na quarta-feira por atentados que causaram mais de 54 mortes em Manjara, localidade favorável à Bashar al-Assad e de maioria drusa e cristã.
A Rússia, importante aliada do governo sírio, condenou com veemência esses atentados, considerando que os atos são "crimes de terroristas, que nada pode justificar", enquanto a ONU "condenou nos termos mais fortes os ataques terroristas".
Nesta quinta-feira, as autoridades fecharam a estrada que liga Damasco ao aeroporto, devido à violência na periferia, segundo o OSDH, que relatou o bombardeio por parte da aviação síria de regiões de pomares nos arredores da capital, onde membros da rebelião estão concentrados.
Também foram registrados ataques com foguetes no sul de Damasco, segundo o OSDH, que também indicou combates em Deir Ezzor (leste), Aleppo (norte), Idleb (noroeste) e Homs (centro).
Na quarta-feira, 158 pessoas, entre elas 99 civis, morreram, de acordo com a ONG, que contabiliza mais de 40.000 mortos desde o início da revolta popular, em março de 2011.
Enquanto não há indícios de uma diminuição da violência, estava previsto que Brahimi prestasse contas, a partir das 14h00 GMT (12h00 de Brasília) sobre sua missão ao Conselho de Segurança da ONU, que continua dividido entre ocidentais de um lado e russos e chineses do outro.
Ainda no plano diplomático, o governo da Espanha reconheceu a Coalizão de Oposição síria como "representante legítima do povo sírio", assim como haviam feito Londres, Paris, Ancara e os Estados do Golfo.
A ONG Campanha Internacional para a Proibição de Minas (ICBL) acusou o governo sírio de ser o único no mundo a utilizar minas antipessoais este ano, enquanto a organização Human Rights Watch (HRW) denunciou a utilização pelos rebeldes de crianças para transportar armas, equipamentos ou fazer vigilância.
Além disso, em um novo vídeo, a jornalista ucraniana Ankhar Kochneva, sequestrada por rebeldes no início de outubro, afirmou que foi enviada para a Síria pela inteligência russa, declarações provavelmente feitas sob coação.
Um médico britânico, Abbas Khan, que operava nos hospitais de campanha dos rebeldes no norte do país foi preso pelas forças do regime, de acordo com o OSDH, que insiste que ele não era "um combatente rebelde nem um jihadista".