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Combates continuam perto de Damasco, apesar de trégua na Síria

As forças do regime lançaram na quarta-feira "dezenas de ataques aéreos e fogo de artilharia sobre as áreas de Wadi Barada", de acordo com OSDH

Damasco: Turquia e Rússia patrocinaram um acordo que permitiu a entrada em vigor em 30 de dezembro da nova trégua (Bassam Khabieh/Reuters)
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AFP

Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 10h19.

Os confrontos entre as forças pró-governo e rebeldes continuavam nesta quinta perto de Damasco , no sétimo dia de uma trégua cada vez mais ameaçada por violações, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Os combates prosseguem entre, de um lado as tropas do regime e seu aliado Hezbollah libanês, e do outro grupos rebeldes e combatentes do Fatah al-Sham (ex-facção síria da Al-Qaeda) em Wadi Barada", indicou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

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Wadi Barada, um setor rebelde estratégico, onde estão as principais fontes de água potável para a capital e seus arredores, é o alvo das forças pró-regime.

As forças do regime lançaram na quarta-feira "dezenas de ataques aéreos e fogo de artilharia sobre as áreas de Wadi Barada, matando um paramédico", de acordo com OSDH.

Turquia, que apoia os rebeldes, e a Rússia, aliada de Damasco, patrocinaram um acordo que permitiu a entrada em vigor em 30 de dezembro da nova trégua.

O regime acusa os rebeldes de "contaminar com diesel" as reservas de água e de cortar a rede de abastecimento para Damasco que está enfrentando uma grave escassez desde 22 de dezembro.

Também argumenta que o grupo jihadista Fateh al-Sham, excluídos da trégua, está presente em Wadi Barada, o queos insurgentes negam.

O regime também bombardeou várias áreas rebeldes na quarta-feira à noite na região de Ghuta oriental, perto de Damasco, matando três insurgentes, bem como o bairro rebelde de Rachidine, oeste de Aleppo, matando um insurgente, de acordo com OSDH.

Este cassar-fogo, o enésimo desde o início da guerra há quase seis anos, deve abrir o caminho para as negociações de paz previstas no final de janeiro em Astana, Cazaquistão, ameaçadas, segundo a Turquia, pelas violações da trégua por parte do presidente Bashar al-Assad.

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