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Combatentes curdos iraquianos chegam para reforçar Kobane

Primeiros combatentes curdos iraquianos chegaram na madrugada ao sul da Turquia, para reforçar defesa da cidade síria de Kobane

Tropas curdas peshmergas dirigem após dezenas de combatentes deixarem base no norte do Iraque (Azad Lashkari/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 09h13.

Sanliurfa - Os primeiros combatentes curdos iraquianos voluntários para reforçar a cidade síria de Kobane, assediada pelas forças do Estado Islâmico , chegaram na madrugada desta quarta-feira ao Aeroporto de Sanliurfa, no sul da Turquia , revelou à AFP um funcionário local.

Os combatentes "peshmergas", em número não precisado, seguiram imediatamente a bordo de três ônibus para a fronteira entre Turquia e Síria, a cerca de 50 km de Sanliurfa, escoltados por quatro blindados do Exército turco e por um carro da polícia, constatou a jornalista da AFP.

As forças de segurança turcas fecharam a estrada até a fronteira, impedindo que os numerosos jornalistas seguissem o comboio.

Sob a pressão dos Estados Unidos, o governo turco autorizou, na semana passada, a passagem por seu território de 150 combatentes vindos da província autônoma curda do Iraque, com a qual Ancara mantém boas relações.

Além do reforço procedente de Sanliurfa, um comboio com cerca de 40 veículos com armas pesadas seguiu para Kobane via Turquia, passando pela cidade de fronteira de Silopi.

Horas antes em Erbil, capital da região do Curdistão iraquiano, um correspondente da AFP viu dezenas de caminhões militares deixando uma base do nordeste da cidade.

"Quarenta veículos transportando armas, peças de artilharia e metralhadoras, com 80 "peshmergas" a bordo, estão a caminho de (a província de) Dohuk e atravessaram hoje a fronteira" com a Turquia, informou um oficial curdo.

Outro contingente, de 72 combatentes curdos, partirá no início da quarta-feira de avião para a Turquia, de onde irá para a fronteira entre Turquia e Síria por Mursitpinar, localidade turca mais próxima de Kobane.

Depois da pressão insistente dos Estados Unidos, o governo turco autorizou, na semana passada, a passagem dos 150 combatentes peshmergas.

Mas Ancara não quer ir além e se recusa a ajudar militarmente as forças curdas de Kobane. Os turcos temem que uma operação como essa beneficie apenas o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad - seu maior inimigo -, e o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que enfrenta as forças de segurança da Turquia desde 1984.

O governo turco deseja que a oposição síria moderada assuma o controle da cidade e que, para isso, Washington "equipe e treine" o Exército Sírio Livre (ESL).

Os combates prosseguem em Kobane, onde um dos objetivos dos jihadistas do Estado Islâmico é tomar o controle de bairros do norte e bloquear o caminho para a Turquia.

Nesta terça, pelo menos nove extremistas islâmicos foram mortos em uma emboscada de combatentes curdos entre duas aldeias da periferia leste da cidade, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Aviões da coalizão realizaram três ataques contra alvos no centro de Kobane, revelou a ONG.

Os combatentes curdos conseguiram repelir várias investidas recentes em um conflito que já dura mais de 40 dias, apoiados pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

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Sanliurfa - Os primeiros combatentes curdos iraquianos voluntários para reforçar a cidade síria de Kobane, assediada pelas forças do Estado Islâmico , chegaram na madrugada desta quarta-feira ao Aeroporto de Sanliurfa, no sul da Turquia , revelou à AFP um funcionário local.

Os combatentes "peshmergas", em número não precisado, seguiram imediatamente a bordo de três ônibus para a fronteira entre Turquia e Síria, a cerca de 50 km de Sanliurfa, escoltados por quatro blindados do Exército turco e por um carro da polícia, constatou a jornalista da AFP.

As forças de segurança turcas fecharam a estrada até a fronteira, impedindo que os numerosos jornalistas seguissem o comboio.

Sob a pressão dos Estados Unidos, o governo turco autorizou, na semana passada, a passagem por seu território de 150 combatentes vindos da província autônoma curda do Iraque, com a qual Ancara mantém boas relações.

Além do reforço procedente de Sanliurfa, um comboio com cerca de 40 veículos com armas pesadas seguiu para Kobane via Turquia, passando pela cidade de fronteira de Silopi.

Horas antes em Erbil, capital da região do Curdistão iraquiano, um correspondente da AFP viu dezenas de caminhões militares deixando uma base do nordeste da cidade.

"Quarenta veículos transportando armas, peças de artilharia e metralhadoras, com 80 "peshmergas" a bordo, estão a caminho de (a província de) Dohuk e atravessaram hoje a fronteira" com a Turquia, informou um oficial curdo.

Outro contingente, de 72 combatentes curdos, partirá no início da quarta-feira de avião para a Turquia, de onde irá para a fronteira entre Turquia e Síria por Mursitpinar, localidade turca mais próxima de Kobane.

Depois da pressão insistente dos Estados Unidos, o governo turco autorizou, na semana passada, a passagem dos 150 combatentes peshmergas.

Mas Ancara não quer ir além e se recusa a ajudar militarmente as forças curdas de Kobane. Os turcos temem que uma operação como essa beneficie apenas o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad - seu maior inimigo -, e o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que enfrenta as forças de segurança da Turquia desde 1984.

O governo turco deseja que a oposição síria moderada assuma o controle da cidade e que, para isso, Washington "equipe e treine" o Exército Sírio Livre (ESL).

Os combates prosseguem em Kobane, onde um dos objetivos dos jihadistas do Estado Islâmico é tomar o controle de bairros do norte e bloquear o caminho para a Turquia.

Nesta terça, pelo menos nove extremistas islâmicos foram mortos em uma emboscada de combatentes curdos entre duas aldeias da periferia leste da cidade, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Aviões da coalizão realizaram três ataques contra alvos no centro de Kobane, revelou a ONG.

Os combatentes curdos conseguiram repelir várias investidas recentes em um conflito que já dura mais de 40 dias, apoiados pelos ataques aéreos da coalizão liderada pelos Estados Unidos.

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