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Colômbia legaliza maconha para fins terapêuticos

Na Colômbia, onde é legal cultivar até 20 plantas de maconha, já se obtém produtos terapêuticos usando sua folha


	Maconha: na Colômbia, onde é legal cultivar até 20 plantas de maconha, já se obtém produtos terapêuticos usando sua folha
 (Justin Sullivan/Getty Images)

Maconha: na Colômbia, onde é legal cultivar até 20 plantas de maconha, já se obtém produtos terapêuticos usando sua folha (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 16h34.

A Colômbia legalizou nesta terça-feira a maconha medicinal por meio de um decreto assinado pelo presidente Juan Manuel Santos, que regula o cultivo, a transformação, a importação e a exportação de cânabis e seus derivados com fins terapêuticos.

O decreto "permite que sejam expedidas licenças para a posse de sementes de cânabis e que se cultive a planta com fins exclusivamente médicos e científicos", afirmou Santos em uma declaração transmitida pela TV do palácio presidencial Casa de Nariño.

"Permitir o uso medicinal de cânabis não vai na contramão dos nossos compromissos internacionais no tema do controle de drogas", destacou o presidente colombiano, cujo país é o principal fornecedor mundial de cocaína e que também produz maconha.

O uso de cânabis com fins terapêuticos já era permitido por lei de 1986, mas sua aplicação estava pendente "devido à falta de regulamentação" sobre a produção legal nacional, informou à AFP uma fonte do ministério da Saúde.

"A fabricação, a exportação, o comércio e o uso médico e científico deste e de outros entorpecentes estão permitidos há várias décadas na Colômbia e, no entanto, nunca tinham sido regulamentados, e é o que estamos fazendo", afirmou Santos.

Além deste decreto, o Congresso estuda um projeto de lei sobre maconha medicinal, que espera definir taxas para os cultivos e ampliar outros detalhes da norma.

Na Colômbia, onde é legal cultivar até 20 plantas de maconha, já se obtém produtos terapêuticos usando sua folha.

O consumo de maconha em vias públicas e sua comercialização são proibidos no país, embora a posse de doses pessoais de 20 gramas é descriminalizada desde 2012, quando a Corte Constitucional ratificou uma sentença de 1994 sobre o tema.

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