Mundo

Colômbia e Farc assinam roteiro para negociações de paz

De acordo com ele, o diálogo transcorrerá sem que haja um cessar-fogo entre as partes e não incluirá a concessão de zona desmilitarizada aos rebeldes


	O líder das Farc: mais cedo, o governo cubano convocou a imprensa estrangeira para uma entrevista coletiva do grupo guerrilheiro
 (AFP)

O líder das Farc: mais cedo, o governo cubano convocou a imprensa estrangeira para uma entrevista coletiva do grupo guerrilheiro (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 15h43.

O governo colombiano e o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram um roteiro para dar início a negociações formais de paz, anunciou na tarde desta terça-feira o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em pronunciamento à nação.

De acordo com ele, o diálogo transcorrerá sem que haja um cessar-fogo entre as partes e não incluirá a concessão de zona desmilitarizada aos rebeldes, como ocorreu em um processo de paz anterior e que acabou por resultar em um acirramento do conflito iniciado há quase meio século na Colômbia.

"Este acordo ainda não é a paz. Trata-se de um caminho" para se chegar a um acordo definitivo, declarou Santos aos colombianos. "Se não houver avanços, obviamente não continuaremos conversando."

As negociações transcorrerão fora da Colômbia, prosseguiu o presidente. A primeira parte do processo ocorrerá em Oslo na primeira quinzena de outubro. Depois, o diálogo prosseguirá em Havana.

Mais cedo, o governo cubano convocou a imprensa estrangeira para uma entrevista coletiva do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na tarde de hoje em Havana. A expectativa é de que a guerrilha anuncie formalmente sua adesão ao processo de paz.

Na semana passada, Juan Manuel Santos havia revelado a existência de negociações preliminares para o fim do conflito de quase meio século entre o governo e a guerrilha e antecipou que o diálogo prosseguiria em outubro na Noruega e depois em Cuba. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaFarcNegociações

Mais de Mundo

Mais de 60 são presos após confronto entre torcedores de Israel e manifestantes na Holanda

Milei tira monopólio em aeroportos e alerta Aerolíneas: “ou privatiza ou fecha”

Sinos da Notre Dame tocam pela primeira vez desde o incêndio de 2019

França busca aliados europeus para ativar veto ao acordo UE-Mercosul