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Cinquenta anos após assassinato, Dallas faz homenagem a JFK

Presidente foi lembrado como um líder transcendente em uma cerimônia no 50º aniversário de seu assassinato

Banner com a imagem do presidente dos EUA John F. Kennedy é asteado em homenagem ao 50º aniversário do assassinato de JFK, em Dallas, Texas (Jim Bourg/Reuters)

Banner com a imagem do presidente dos EUA John F. Kennedy é asteado em homenagem ao 50º aniversário do assassinato de JFK, em Dallas, Texas (Jim Bourg/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2013 às 19h40.

Dallas - O presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy foi lembrado como um líder transcendente em uma cerimônia em Dallas, nesta sexta-feira, no 50º aniversário de seu assassinato.

"Nossos corações coletivos foram quebrados", disse o prefeito de Dallas, Mike Rawlings, a uma multidão de cerca de 5.000 pessoas na gelada praça Dealey, perto de onde Kennedy foi morto, aos 46 anos, em uma homenagem marcada por orações, cânticos e lágrimas.

Lembrado com carinho por seu vigor juvenil e sua esposa glamourosa, Kennedy permanece como um dos presidentes favoritos dos norte-americanos por sua gestão da crise dos mísseis de Cuba, sua convocação para o serviço público e uma promessa - cumprida mais tarde - de levar um americano à Lua antes do final da década de 1960.

Dallas realizou pela primeira vez uma cerimônia oficial em alusão àquele que é considerado o dia mais sombrio da sua história.

Em aniversários anteriores do crime, adeptos de teorias conspiratórias sobre a morte de Kennedy costumavam ocupar a praça Dealey, denunciando a tese oficial segundo a qual Lee Harvey Oswald, um ex-fuzileiro naval com inclinações comunistas, teria agido sozinho para fazer os três disparos contra o presidente a partir do sexto andar de um prédio próximo, que servia como depósito de livros.

Os "conspiratórios" estarão em peso em Dallas neste ano, mas, naturalmente, não fizeram parte da programação oficial.

"A morte dele mudou para sempre a nossa cidade, e também o mundo", disse o prefeito Rawlings em nota. "Queremos marcar esse trágico dia lembrando um grande presidente com o senso de dignidade e história que ele merece."


Durante anos, Dallas foi vista como uma cidade pária por causa do crime, e sempre evitou qualquer cerimônia alusiva. O estigma começou a desaparecer há algumas décadas, e agora o Museu do Sexto Andar, no antigo depósito de livros, é uma das maiores atrações turísticas da localidade texana.

Dias atrás, a prefeitura apagou um grande X que havia sido pintado por um desconhecido no asfalto da rua Elm para marcar o local exato em que Kennedy foi baleado.

Muitos achavam que o X era de mau gosto, mas a indicação oficial --uma pequena placa num montículo gramado na própria praça-- também era considerada inadequada.

Após milhares de livros, reportagens, programas de TV, filmes de ficção e documentários sobre o 22 de novembro de 1963, as pesquisas mostram que a maioria dos norte-americanos ainda acredita em teorias conspiratórias, rejeitando que Oswald tenha sido o único envolvido.

Hugh Ayensworth, que há 50 anos estava na praça Dealey como repórter, testemunhou a morte de Kennedy e também viu o corpo de Oswald depois de ser assassinado por Jack Ruby, dono de uma casa noturna em Dallas. Desde então, Ayensworth se dedica a investigar essas mortes e a desvendar supostas tramas.

"Não podemos aceitar muito confortavelmente que dois ninguéns, dois nadas - Lee Harvey Oswald e Jack Ruby - fossem capazes de mudar o curso da história mundial", disse ele à Reuters.

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