Cientistas montam banco de esperma para barreira de coral
Medida foi feita para garantir a manutenção da Grande Barreira de Coral australiana, que corre perigo devido às mudanças climáticas
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 12h19.
Dubbo, Austrália - Cientistas australianos montaram um precioso banco de esperma na esperança de assegurar o futuro da Grande Barreira de Coral, em perigo devido às mudanças climáticas .
Cerca de 70 milhões de espermatozóides e 22 bilhões de embriões coralinos armazenados em nitrogênio líquido (a -196° C) estão guardados no zoológico de Dubbo, a leste da Nova Gales do Sul, nas portas do deserto australiano.
"Sabemos que a Grande Barreira de Coral corre um enorme risco, devido a vários fenômenos de escala mundial como as mudanças climáticas, a acidificação dos oceanos e o aquecimento da água", explicou a responsável pelo projeto, Rebecca Spindler.
"Os próximos cinco anos serão cruciais para preservar a barreira e capturar o máximo de diversidade genética", advertiu.
Sua equipe trabalha com Mary Hagedorn, pesquisadora da importante instituição pública americana, Smithsonian Institute, para recolher e congelar amostras da Grande Barreira.
O objetivo é recolher o maior número possível de células reprodutoras (gametas). Os cientistas coletaram porções inteiras da barreira antes de submergir-las em tanques na espera do período de reprodução, que acontece em apenas três dias do ano.
Especialistas do Australian Institute of Marine Science (Instituto de Oceanografia da Austrália) devolveram as porções para o lugar de origem, de onde foram retiradas do mar.
Os cientistas esperam criar uma verdadeira reserva genética de espécies coralinas, caso não sobrevivam ao aquecimento global, a contaminação, a dragagem e as intempéries do tempo, como os furacões.
O esperma e os embriões armazenados em Dubbo vão permitir a reconstituição in vitro do coral, que seria implantado de novo em seu meio natural para se reproduzir e reconstruir a barreira. Uma esperança "realista" daqui a alguns anos, segundo Rebecca Spindler.
"Os corais são uma espécie única no mundo, diferente de qualquer outro organismo, pois apresentam dois tipos de reprodução diferentes - sexuada (com ovos) e assexuada", constatou a bióloga Nana Satake.
A reprodução assexuada acontece por fragmentação, separação de um pedaço do coral, que em seguida, se fixa a uma rocha e dá origem a uma nova colônia.
A Grande Barreira, registrada como patrimônio mundial da UNESCO, estende-se por 345 mil km² ao longo da costa australiana e constitui o maior conjunto de corais do mundo.
São 400 espécies de corais, 1.500 espécies de peixes, 4 mil espécies de moluscos e várias espécies em risco de extinção, como o dugong (mamífero marinho herbívoro) e a grande tartaruga verde.
Além de sua biodiversidade marinha, a Austrália quer manter uma fonte de renda importante, o turismo, que arrecada por ano 6 bilhões de dólares australianos (4.800 bilhões de euros).
"Ecológica, econômica e socialmente, não podemos permitir perder a barreira", concluiu Rebecca Spindler.
Dubbo, Austrália - Cientistas australianos montaram um precioso banco de esperma na esperança de assegurar o futuro da Grande Barreira de Coral, em perigo devido às mudanças climáticas .
Cerca de 70 milhões de espermatozóides e 22 bilhões de embriões coralinos armazenados em nitrogênio líquido (a -196° C) estão guardados no zoológico de Dubbo, a leste da Nova Gales do Sul, nas portas do deserto australiano.
"Sabemos que a Grande Barreira de Coral corre um enorme risco, devido a vários fenômenos de escala mundial como as mudanças climáticas, a acidificação dos oceanos e o aquecimento da água", explicou a responsável pelo projeto, Rebecca Spindler.
"Os próximos cinco anos serão cruciais para preservar a barreira e capturar o máximo de diversidade genética", advertiu.
Sua equipe trabalha com Mary Hagedorn, pesquisadora da importante instituição pública americana, Smithsonian Institute, para recolher e congelar amostras da Grande Barreira.
O objetivo é recolher o maior número possível de células reprodutoras (gametas). Os cientistas coletaram porções inteiras da barreira antes de submergir-las em tanques na espera do período de reprodução, que acontece em apenas três dias do ano.
Especialistas do Australian Institute of Marine Science (Instituto de Oceanografia da Austrália) devolveram as porções para o lugar de origem, de onde foram retiradas do mar.
Os cientistas esperam criar uma verdadeira reserva genética de espécies coralinas, caso não sobrevivam ao aquecimento global, a contaminação, a dragagem e as intempéries do tempo, como os furacões.
O esperma e os embriões armazenados em Dubbo vão permitir a reconstituição in vitro do coral, que seria implantado de novo em seu meio natural para se reproduzir e reconstruir a barreira. Uma esperança "realista" daqui a alguns anos, segundo Rebecca Spindler.
"Os corais são uma espécie única no mundo, diferente de qualquer outro organismo, pois apresentam dois tipos de reprodução diferentes - sexuada (com ovos) e assexuada", constatou a bióloga Nana Satake.
A reprodução assexuada acontece por fragmentação, separação de um pedaço do coral, que em seguida, se fixa a uma rocha e dá origem a uma nova colônia.
A Grande Barreira, registrada como patrimônio mundial da UNESCO, estende-se por 345 mil km² ao longo da costa australiana e constitui o maior conjunto de corais do mundo.
São 400 espécies de corais, 1.500 espécies de peixes, 4 mil espécies de moluscos e várias espécies em risco de extinção, como o dugong (mamífero marinho herbívoro) e a grande tartaruga verde.
Além de sua biodiversidade marinha, a Austrália quer manter uma fonte de renda importante, o turismo, que arrecada por ano 6 bilhões de dólares australianos (4.800 bilhões de euros).
"Ecológica, econômica e socialmente, não podemos permitir perder a barreira", concluiu Rebecca Spindler.