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Cidade devastada por tufão enfrenta toque de recolher

O objetivo é evitar saques feitos por sobreviventes, desesperados para obter alimentos e remédios

Família desabrigada em Tacloban não consegue embarcar em voo para deixar a cidade devastada pelo tufão Haiyan
 (TED ALJIBE/AFP)

Família desabrigada em Tacloban não consegue embarcar em voo para deixar a cidade devastada pelo tufão Haiyan (TED ALJIBE/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 06h18.

O governo das Filipinas enviou nesta terça-feira veículos blindados, criou postos de controle e decretou toque de recolher na cidade de Tacloban, em uma tentativa de acabar com os saques na localidade devastada pelo supertufão Haiyan

Tacloban - Tacloban, na ilha central de Leyte, foi a mais afetada pela passagem do tufão de categoria com cinco, com um balanço de pelo menos 10.000 mortos, segundo a ONU.

A devastada capital provincial - com 220.000 habitantes - sofre ainda com os saques. Sobreviventes, desesperados para obter alimentos e remédios, atacam comboios de ajuda, o que prejudica os trabalhos das equipes de emergência.

Vários sobreviventes relataram a presença de grupos que roubam bens de consumo, como aparelhos de TV e máquinas de lavar, das pequenas lojas da cidade.

O secretário do Interior, Max Rosas, anunciou o envio de forças de segurança para evitar os roubos e ajudar a restaurar a lei.

"A presença de policiais e militares, assim como das forças do governo, vai, com certeza, melhorar as coisas, mas não vai ser durante toda a noite", disse Roxas, confirmando a informação de que o governo Tacloban decretou um toque de recolher entre 22H00 e 6H00.

"É uma ferramenta que estamos usando para reduzir os saques. Sabemos que muitas pessoas não podem retornar para casa porque suas residências foram destruídas, mas esta medida é mais efetiva contra os grupos de assaltantes que buscam uma oportunidade para saquear", explicou.

Roxas destacou que o governo tem três prioridades: restaurar a paz e a ordem, levar ajuda material e começar a retirar os corpos.

"Agora que cumprimos os dois primeiros objetivos, a prioridade é localizar os cadáveres", disse.

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