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Cidade da família de Ozil na Turquia muda placa em apoio ao jogador

O jogador alemão com família turca, Mesut Ozil, deixou a seleção alegando ter sofrido racismo por conta de seu encontro com o presidente turco

Erdogan, que fazia campanha para se reeleger quando a foto foi tirada, atraiu críticas na Alemanha pela campanha de repressão após uma tentativa fracassada de golpe em 2016 (DHA via REUTERS/Reuters)

Erdogan, que fazia campanha para se reeleger quando a foto foi tirada, atraiu críticas na Alemanha pela campanha de repressão após uma tentativa fracassada de golpe em 2016 (DHA via REUTERS/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de julho de 2018 às 11h53.

Istambul- Autoridades da cidade turca da família do jogador de futebol Mesut Ozil instalaram uma nova placa de rua que o mostra posando ao lado do presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, depois que o meia se aposentou da seleção alemã dizendo ter enfrentado "racismo e desrespeito" devido às suas raízes.

A nova placa que assinala a "Avenida Mesut Ozil" substitui uma que o mostrava usando a camisa da Alemanha, país em que o jogador nasceu.

A foto de um Ozil sorridente ao lado de Erdogan segurando a camisa de seu time inglês Arsenal provocou uma crise na Alemanha quando foi feita, em maio.

Erdogan, que fazia campanha para se reeleger quando a foto foi tirada, atraiu críticas na Alemanha pela campanha de repressão após uma tentativa fracassada de golpe em 2016, às quais o presidente reagiu à altura.

Mustafa Semerci, prefeito da cidade de Devrek, no Mar Negro --o lar original da família de Ozil--, disse ter mudado a placa depois de "vermos com tristeza o que foi feito com Ozil", segundo a agência de notícias turca DHA.

Ozil, de 29 anos, peça fundamental da seleção alemã campeã do mundo em 2014, foi fotografado com Erdogan e Ilkay Gundogan, colega de seleção da Alemanha também de ascendência turca.

O anúncio da saída de Ozil da seleção ocorreu em meio a um debate político sobre o influxo de 1,6 milhão de imigrantes nos últimos quatro anos, que atiçou uma ressurgência da extrema-direita e enfraqueceu o apoio aos partidos tradicionais.

 

 

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