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CICV pede que corpos abandonados no Iêmen sejam retirados

A Cruz Vermelha pede o respeito a dignidade dos mortos e que sejam tomadas todas as medidas possíveis para garantir sua identificação e entrega às famílias


	Escombros de casas atingidas por bombardeios: qualquer atraso complica a identificação e gera graves consequências as famílias das vítimas
 (Mohammed Huwais/AFP)

Escombros de casas atingidas por bombardeios: qualquer atraso complica a identificação e gera graves consequências as famílias das vítimas (Mohammed Huwais/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2015 às 13h50.

Sana - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) alertou nesta terça-feira sobre a grande quantidade de corpos abandonados nos campos de batalha no Iêmen e pediu às partes em conflito para que recolham, identifiquem e entreguem essas vítimas a suas famílias.

"É preciso respeitar a dignidade dos mortos e realizar a rápida retirada e, ao mesmo tempo, tomar todas as medidas possíveis para garantir a identificação e entrega às famílias", disse o chefe do CICV no Iêmen, Nourane Houas, em comunicado.

De acordo com o Houas, qualquer atraso complica a identificação e gera graves consequências as famílias das vítimas.

"Os corpos que não são identificados passam a fazer parte de uma lista de desaparecidos e suas famílias não podem realizar o enterro", explicou.

Para facilitar este processo, a sugestão do CICV é que todos os que fazem parte ativamente dos combates se identifiquem com algum símbolo.

Conforme a nota, a CICV ajudou a recuperar mais de 400 corpos desde que o conflito se intensificou em março, quando começou a missão militar árabe contra dos rebeldes xiitas no Iêmen.

Desde então, a Cruz Vermelha calcula que 3.800 pessoas morreram, 19 mil ficaram feridas e 1,2 milhão foi deslocada pela violência.

O CICV ressaltou que o trabalho de recuperar, identificar e documentar os mortos depende principalmente das autoridades iemenitas e das partes que operam no território.

Iêmen está imerso em uma guerra civil entre as forças leais ao presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi e os rebeldes houthis, que forçaram há cinco meses forçaram o governo ao exílio e tomaram o controle de grandes áreas do país.

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