A China pensa em apoiar o crescimento caso se ressinta muito pelas dificuldades das economias americana e europeia (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2011 às 11h12.
Pequim - A China se prepara para suavizar sua política monetária restritiva "quando chegar o momento e em proporção apropriada", segundo um documento publicado nesta quarta-feira pelo banco central, coincidindo com a desaceleração do crescimento da economia e das exportações.
A crise das dívidas soberanas na Europa "pode provocar riscos sistêmicos mundiais caso se propague às maiores economias" da UE, adverte o informe trimestral de política monetária do banco.
Este documento é mais um sinal sobre uma possível suavização da política monetária restritiva que Pequim começou a aplicar há pouco mais de um ano para lutar contra a inflação.
O governo pensa em apoiar o crescimento caso se ressinta muito pelas dificuldades das economias americana e europeia, deu a entender o primeiro-ministro, Wen Jiabao, na semana passada, ao declarar que "a melhor forma de regular os preços deve ser o fomento à produção".
Os empréstimos bancários, que o governo restringiu desde o ano passado ao aumentar em várias ocasiões as reservas obrigatórias, aumentaram 25% em outubro.
Após a inflação cair a 5,5% no mês passado, depois de chegar a 6,5% em julho, a prioridade agora para Pequim é ajudar as pequenas e médias empresas ameaçadas pela quebra por problemas de financiamento e que se veem obrigadas a recorrer a empréstimos a taxas de usura fora do setor bancário.
O crescimento caiu para 9,1% no terceiro trimestre, contra 9,7% no primeiro e 9,5% no segundo, enquanto as exportações diminuíram em outubro em relação a setembro, em particular em direção à Europa, primeiro mercado para os produtos chineses, e para os Estados Unidos.