China reage com revolta a venda de armas dos EUA a Taiwan
Os equipamentos incluem duas fragatas de tipo Perry, mísseis antitanque e mísseis terra-ar Stinger
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 10h08.
A China expressou nesta quinta-feira forte irritação pela decisão americana de vender armamento a Taiwan, incluindo duas fragatas, por um valor de 1,8 bilhão de dólares.
Os equipamentos incluem duas fragatas de tipo Perry, mísseis antitanque e mísseis terra-ar Stinger.
O anúncio foi feito na quarta-feira em Washington e se inscreve na estratégia americana de reforçar seus aliados asiáticos e governos preocupados com a crescente presença da China em zonas marítimas em disputa na região.
A encarregada de negócios americana em Pequim, Kaye Lee, foi convocada à sede do ministério das Relações Exteriores, onde o vice-chanceler Zhang Zeguang comunicou seu desagrado por este apoio a Taiwan, uma ilha considerada pela China como uma província rebelde.
"A China se opõe com firmeza à venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan" e "tomará as medidas necessárias para proteger seus interesses nacionais", afirmou após o encontro um comunicado do ministério.
Entre estas medidas, declarou, se contempla a adoção de "sanções contra os grupos (industriais) envolvidos na venda de armas".
"A China convoca os Estados Unidos (...) a cancelar os planos de vender armas a Taiwan e a deter os contatos militares" com Taipei, "para evitar maiores danos às relações entre China e Estados Unidos e à cooperação bilateral em importantes áreas", acrescentou a chancelaria.
China e Taiwan se encontram separadas de fato desde o fim da guerra civil em 1949, quando as forças comunistas de Mao Tse Tung expulsaram do continente os nacionalistas do Kuomintang (KMT) que se refugiaram em Taiwan.
Atualmente, apenas 20 países, mais da metade deles na América Central e no Caribe, reconhecem a soberania de Taiwan.
Os Estados Unidos reconheceram Pequim em 1970, mas mantêm com Taiwan relações de aliado.
O Departamento de Estado alegou na quarta-feira que as vendas de armas, por um valor de 1,83 bilhão de dólares, se baseiam "na lei de Relações com Taiwan e em uma avaliação das necessidades de defesa" da ilha.
O porta-voz do Gabinete de Assuntos Político-Militares do Departamento de Estado, David McKeeby, também lembrou que "a política de longa data de venda de armas a Taiwan" se manteve durante "seis administrações americanas diferentes".
Primeira venda de armas em 4 anos
Esta é a primeira venda de armas à ilha em quatro anos, e ocorre em um contexto de tensões crescentes pela forte afirmação das reivindicações de Pequim sobre ilhas exigidas igualmente por aliados tradicionais de Estados Unidos, como Japão e Filipinas, e por outros países da área, como Vietnã.
A China construiu, em particular, várias ilhas artificiais com pistas de pouso militares no mar da China Meridional que, segundo observadores, podem lhe garantir um controle praticamente total da zona.
Estas instalações foram sobrevoadas nos últimos dias por aviões de Estados Unidos e de países aliados, que alegaram exercícios de rotina em nome da "liberdade de navegação" em águas internacionais.
Manobras que a China denunciou como violações de sua soberania nacional.
A venda de armas à ilha "atenta gravemente" contra as leis internacionais, contra os princípios que regem as relações entre China e Estados Unidos, e contra a "soberania da China e seus interesses em matéria de segurança", sustenta o comunicado chinês.
A China expressou nesta quinta-feira forte irritação pela decisão americana de vender armamento a Taiwan, incluindo duas fragatas, por um valor de 1,8 bilhão de dólares.
Os equipamentos incluem duas fragatas de tipo Perry, mísseis antitanque e mísseis terra-ar Stinger.
O anúncio foi feito na quarta-feira em Washington e se inscreve na estratégia americana de reforçar seus aliados asiáticos e governos preocupados com a crescente presença da China em zonas marítimas em disputa na região.
A encarregada de negócios americana em Pequim, Kaye Lee, foi convocada à sede do ministério das Relações Exteriores, onde o vice-chanceler Zhang Zeguang comunicou seu desagrado por este apoio a Taiwan, uma ilha considerada pela China como uma província rebelde.
"A China se opõe com firmeza à venda de armas dos Estados Unidos a Taiwan" e "tomará as medidas necessárias para proteger seus interesses nacionais", afirmou após o encontro um comunicado do ministério.
Entre estas medidas, declarou, se contempla a adoção de "sanções contra os grupos (industriais) envolvidos na venda de armas".
"A China convoca os Estados Unidos (...) a cancelar os planos de vender armas a Taiwan e a deter os contatos militares" com Taipei, "para evitar maiores danos às relações entre China e Estados Unidos e à cooperação bilateral em importantes áreas", acrescentou a chancelaria.
China e Taiwan se encontram separadas de fato desde o fim da guerra civil em 1949, quando as forças comunistas de Mao Tse Tung expulsaram do continente os nacionalistas do Kuomintang (KMT) que se refugiaram em Taiwan.
Atualmente, apenas 20 países, mais da metade deles na América Central e no Caribe, reconhecem a soberania de Taiwan.
Os Estados Unidos reconheceram Pequim em 1970, mas mantêm com Taiwan relações de aliado.
O Departamento de Estado alegou na quarta-feira que as vendas de armas, por um valor de 1,83 bilhão de dólares, se baseiam "na lei de Relações com Taiwan e em uma avaliação das necessidades de defesa" da ilha.
O porta-voz do Gabinete de Assuntos Político-Militares do Departamento de Estado, David McKeeby, também lembrou que "a política de longa data de venda de armas a Taiwan" se manteve durante "seis administrações americanas diferentes".
Primeira venda de armas em 4 anos
Esta é a primeira venda de armas à ilha em quatro anos, e ocorre em um contexto de tensões crescentes pela forte afirmação das reivindicações de Pequim sobre ilhas exigidas igualmente por aliados tradicionais de Estados Unidos, como Japão e Filipinas, e por outros países da área, como Vietnã.
A China construiu, em particular, várias ilhas artificiais com pistas de pouso militares no mar da China Meridional que, segundo observadores, podem lhe garantir um controle praticamente total da zona.
Estas instalações foram sobrevoadas nos últimos dias por aviões de Estados Unidos e de países aliados, que alegaram exercícios de rotina em nome da "liberdade de navegação" em águas internacionais.
Manobras que a China denunciou como violações de sua soberania nacional.
A venda de armas à ilha "atenta gravemente" contra as leis internacionais, contra os princípios que regem as relações entre China e Estados Unidos, e contra a "soberania da China e seus interesses em matéria de segurança", sustenta o comunicado chinês.