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China envia navios e aeronaves aos arredores de Taiwan pelo segundo dia consecutivo

Na quinta-feira, Taiwan detectou três navios e um helicóptero perto de seu território

Helicóptero militar na ilha chinesa de Pingtan, próxima de Taiwan (AFP/AFP)

Helicóptero militar na ilha chinesa de Pingtan, próxima de Taiwan (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 7 de abril de 2023 às 10h07.

A China enviou nesta sexta-feira (7), pelo segundo dia consecutivo, navios e aeronaves militares às proximidades de Taiwan, informaram as autoridades da ilha, depois que a presidente da ilha provocou a indignação de Pequim após uma reunião com o presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.

Três navios de guerra navegaram em águas próximas a esta ilha de governo autônomo, ao mesmo tempo que um avião de combate e um helicóptero antissubmarinos entraram na zona de identificação de defesa aérea, informou o ministério taiwanês da Defesa.

Na quinta-feira, Taiwan detectou três navios e um helicóptero perto de seu território.

Além disso, na quarta-feira, o porta-aviões chinês Shandong passou pelo sudeste da ilha, horas antes do encontro entre a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara americana, Kevin McCarthy, em Los Angeles.

A presidente retornou nesta sexta-feira a Taiwan, depois de visitar Guatemala e Belize, dois dos 13 países que mantêm relações com Taipé.

"Mostramos à comunidade internacional que Taiwan está mais unido no momento de enfrentar a pressão e as ameaças", declarou Tsai à imprensa. "Não vamos parar de interagir com o mundo, apesar dos obstáculos", insistiu.

Pequim fez um alerta contra o encontro de Tsai com McCarthy, o segundo nome na linha de sucessão presidencial americana, e na quinta-feira anunciou que adotaria "medidas firmes e eficazes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial".

A China considera esta ilha de governo autônomo e democrático parte de seu território e afirma que pretende recuperar seu controle, inclusive pela força se considerar necessário.

O gigante asiático insistiu nesta sexta-feira que a ilha continua sendo uma "parte inseparável da China".

"O futuro de Taiwan depende da reunificação com a pátria mãe", disse a porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.

Nos últimos anos, Pequim tentou isolar a ilha do cenário internacional e expressa grande irritação quando as autoridades taiwanesas mantêm contatos com representantes de outros países.

Em agosto do ano passado, a visita a Taipé de Nancy Pelosi, antecessora de McCarthy como presidente da Câmara, resultou em manobras militares sem precedentes do exército chinês ao redor da ilha.

Em Pingtan, a ilha chinesa mais próxima de Taiwan, jornalistas da AFP observaram nesta sexta-feira a presença de um navio militar e de três helicópteros no Estreito.

Não ficou imediatamente claro se os movimentos eram uma intensificação das patrulhas habituais de Pequim na área.

A China também impôs sanções contra a embaixadora de fato de Taipé nos Estados Unidos, Hsiao Bi-khim, um instituto conservador americano e a biblioteca presidencial Ronald Reagan, que recebeu o encontro entre Tsai e McCarthy.

Taiwan criticou as sanções e acusou Pequim de tentar "eliminar ainda mais o espaço internacional de nosso país".

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