China encerrará transplantes de prisioneiros executados
País é o único país que ainda sistematicamente retira órgãos de prisioneiros executados para operações de transplante
Da Redação
Publicado em 2 de novembro de 2013 às 11h55.
Hangzhou - A China , o único país que ainda sistematicamente retira órgãos de prisioneiros executados para operações de transplante, planeja encerrar essa polêmica prática até a metade do próximo ano, afirmou neste sábado uma autoridade.
Até meados de 2014, todos os hospitais licenciados para transplantes terão que interromper o uso de órgãos de pessoas executadas e utilizar apenas os que forem doados voluntariamente e registrados no sistema nacional, afirmou Huang Jiefu, ex-vice-ministro da Saúde, que atualmente coordena a reforma no sistema de transplantes.
A oferta de órgãos é escassa na China, em partes por crenças tradicionais de que o corpo deve ser cremado e enterrado intacto. Cerca de 300 mil pacientes entram todos os anos na fila para transplantes, e apenas um a cada 30 consegue realizar a cirurgia.
A escassez alimentou o tráfico de órgãos, e em 2007 o governo proibiu doações de pessoas vivas, exceto cônjuges e parentes de sangue ou integrantes adotados da família.
Huang, um cirurgião de transplantes treinado na Austrália, admitiu que o problema do mercado negro de órgãos não será fácil de ser resolvido na China.
"O comércio ilegal de órgãos será inevitável na sociedade chinesa durante muitos anos ainda. A grande demanda é uma das causas. Enquanto houver uma diferença entre oferta e demanda, o tráfico ilegal de órgãos não vai desaparecer, mas o governo continuará a combate-lo", afirmou.
Hangzhou - A China , o único país que ainda sistematicamente retira órgãos de prisioneiros executados para operações de transplante, planeja encerrar essa polêmica prática até a metade do próximo ano, afirmou neste sábado uma autoridade.
Até meados de 2014, todos os hospitais licenciados para transplantes terão que interromper o uso de órgãos de pessoas executadas e utilizar apenas os que forem doados voluntariamente e registrados no sistema nacional, afirmou Huang Jiefu, ex-vice-ministro da Saúde, que atualmente coordena a reforma no sistema de transplantes.
A oferta de órgãos é escassa na China, em partes por crenças tradicionais de que o corpo deve ser cremado e enterrado intacto. Cerca de 300 mil pacientes entram todos os anos na fila para transplantes, e apenas um a cada 30 consegue realizar a cirurgia.
A escassez alimentou o tráfico de órgãos, e em 2007 o governo proibiu doações de pessoas vivas, exceto cônjuges e parentes de sangue ou integrantes adotados da família.
Huang, um cirurgião de transplantes treinado na Austrália, admitiu que o problema do mercado negro de órgãos não será fácil de ser resolvido na China.
"O comércio ilegal de órgãos será inevitável na sociedade chinesa durante muitos anos ainda. A grande demanda é uma das causas. Enquanto houver uma diferença entre oferta e demanda, o tráfico ilegal de órgãos não vai desaparecer, mas o governo continuará a combate-lo", afirmou.