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China acusa Congresso americano de politizar a questão do yuan

EUA aprovou na quarta-feira um projeto de lei que estabelece tarifas alfandegárias punitivas contra os produtos chineses no país, caso Pequim não permita uma valorização do yuan

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2010 às 15h06.

São Paulo - O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, acusou neste domingo o Congresso dos Estados Unidos de politizar a questão da taxa cambial do yuan, e afirmou que o excedente comercial de seu país é adequado ao estágio de desenvolvimento.

"A China não busca a qualquer custo despejar o excedente comercial", declarou o premier em uma entrevista ao canal americano CNN.

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"Nos Estados Unidos algumas pessoas, especialmente no Congresso, não têm mais que um conhecimento parcial da China. Politizam os temas vinculados às relações China-EUA, e em particular o desequilíbrio comercial entre nossos dois países", completou.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira um projeto de lei que estabelece tarifas alfandegárias punitivas contra os produtos chineses no país, caso Pequim não permita uma valorização do yuan.

O premier também destacou que o país começou a permitir uma flutuação maior do yuan em relação ao dólar e lembrou que os Estados Unidos registraram excedentes comerciais no início da era industrial, o que para ele é o que acontece com uma nação em "um determinado momento do desenvolvimento".

Na mesma entrevista, Jiabao afirmou que a corrupção e inflação terão impactos negativos na estabilidade da China.

"Penso que a corrupção e a inflação terão um impacto nefasto na estabilidade de nosso país", declarou.

"Tenho inquietações a respeito da gestão das expectativas em termos de inflação na China e isto é algo que me esforço vigorosamente para administrar bem e de maneira adequada", completou.

"Esta é a razão pela qual elaboramos um equilíbrio judicioso entre a manutenção de um ritmo relativamente rápido de desenvolvimento econômico, o ajuste estrutural e a gestão das expectativas em matéria de inflação".

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