Os mapuches vivem em sua maioria na região de La Araucanía, 600 km ao sul de Santiago (Claudio Santana/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2011 às 10h17.
Santiago - A polícia chilena deteve 18 pessoas nesta segunda-feira durante um protesto da organização indígena mapuche Meli Wixan Mapu que reuniu cerca de 10 mil pessoas no centro de Santiago, por ocasião do "dia da raça", que lembra a chegada dos espanhóis à América.
Os mapuches, que representam 6% da população chilena, protestaram contra "o saque, a depredação e a contaminação" de seu território e pela aplicação da lei antiterrorista nos julgamentos de suspeitos de ataques em ocupações de terra.
A passeata transcorreu sem maiores incidentes, mas no final do protesto um grupo de encapuzados atacou a polícia e foi reprimido com jatos d'água e bombas de gás lacrimogêneo, o que levou à detenção de 18 pessoas.
Os mapuches vivem em sua maioria na região de La Araucanía, 600 km ao sul de Santiago, onde reivindicam terras através de ocupações ilegais e incêndios, reprimidos pela polícia.
Alguns indígenas capturados são processados pela severa lei antiterrorista, que remonta à ditadura militar chilena (1973-1990).