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Chile cria empresa público-privada para exploração de lítio

O objetivo da nova empresa é aumentar a produção em 300.000 toneladas ao ano no Salar do Atacama; o país é o segundo maior produtor do metal no mundo

 Chile tem a segunda maior reserva de lítio do mundo (Anna Moneymaker/Getty Images)

Chile tem a segunda maior reserva de lítio do mundo (Anna Moneymaker/Getty Images)

Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 20h57.

O estatal chilena Codelco anunciou neste sábado, 27, uma parceria com a mineradora privada SQM para criação de uma empresa de exploração de lítio no Chile. O país é o segundo maior produtor mundial do metal, que é usado em bateria de carros elétricos. A parceria deve alavancar a extração de lítio no Deserto do Atacama.

A Codelco anunciou que a empresa "desenvolverá as atividades de exploração, extração, produção e comercialização do lítio" e se chamará Nova Andino Litio SpA.

O acordo prevê que a a SQM transfira todas as suas concessões de mineração no Salar de Maricunga para a Codelco. O anúncio da parceria era esperado desde novembro, quando a China aprovou o acordo e o condicionou ao cumprimento dos compromissos comerciais existentes pelas empresas e à continuidade do fornecimento aos clientes chineses de forma "justa, razoável e não discriminatória".

Metas de exploração

O objetivo da nova empresa é aumentar a produção de lítio em cerca de 300.000 toneladas ao ano no Salar do Atacama. Para se ter uma ideia, em 2022, o Chile produziu 243.100 toneladas do metal.

Segundo comunicado, a empresa estatal terá 50% mais uma das ações. Por outro lado, a mineradora privada terá nos primeiros anos maior número de votos na direção. A partir de 2031, a Codelco passará a ter maioria e comandará a gestão.

A criação da empresa faz parte da Estratégia Nacional do Lítio anunciada em 2023 pelo presidente Gabriel Boric, com o objetivo de devolver ao Chile a liderança mundial na produção de lítio, perdida em 2016.

*Com informação da agência AFP

 

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