Chefe do Hezbollah recrutou no Brasil para contrabando de explosivos, diz ministra argentina
Hussein Ahmad Karaki foi identificado como o responsável por atentado à embaixada de Israel na Argentina nos anos 1990
Redatora
Publicado em 25 de outubro de 2024 às 15h01.
Última atualização em 25 de outubro de 2024 às 15h20.
O chefe de operações do Hezbollah na América Latina, Hussein Ahmad Karaki, teria recrutado um brasileiro para o contrabando de explosivos durante a década de 1990, afirmou Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, nesta sexta-feira, 25, durante uma coletiva de imprensa.
Karaki foi apontado como oresponsável pelo ataque à embaixada israelense em Buenos Aires em 1992, além de ser o líder do grupo na região. Conforme Bullrich, ele atuou entre Argentina, Brasil e Paraguai nos anos de 1990 e 1991, estabelecendo conexões na Tríplice Fronteira.
Atualmente, segundo a ministra,Karaki está no Líbano, ainda vinculado ao Hezbollah. Após os atentados à embaixada de Israel e à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em Buenos Aires,ele sumiu do radar dos serviços de inteligência ocidentais por vários anos.
Operações na América Latina
O Hezbollah é considerado uma organização terrorista por diversos países, incluindo Estados Unidos, Argentina e Israel. As investigações indicam que a atuação do grupo na América Latina é facilitada pela instabilidade na Tríplice Fronteira, região conhecida por atividades ilícitas e contrabando.
*matéria em atualização