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Chefe de polícia é suspenso por desastre de Hillsborough

A suspensão do chefe de polícia ocorreu um dia depois que um júri concluiu que os torcedores foram vítimas do que a lei britânica chama de "morte ilegal"


	Liverpool: "Os responsáveis devem ser imputados por 96 mortes ilegais e um acobertamento de 27 anos"
 (Phil Noble / Reuters)

Liverpool: "Os responsáveis devem ser imputados por 96 mortes ilegais e um acobertamento de 27 anos" (Phil Noble / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2016 às 15h33.

Londres - O chefe da força policial britânica acusado de acobertar os erros que levaram à morte de 96 torcedores do Liverpool no estádio de futebol de Hillsborough em 1989 foi suspenso nesta quarta-feira, e legisladores pediram a abertura de processos.

A suspensão do chefe de polícia David Crompton, da corporação de South Yorkshire, ocorreu um dia depois que um júri concluiu que os torcedores, que morreram em uma área cercada e superlotada do estádio localizado em Sheffield, foram vítimas do que a lei britânica chama de 'morte ilegal', e a polícia admitiu ter cometido erros catastróficos.

"Os responsáveis devem ser imputados por 96 mortes ilegais e um acobertamento de 27 anos", disse Andy Burnham, porta-voz de assuntos internos do oposicionista Partido Trabalhista, há tempos envolvido na campanha "Justiça para os 96".       

A tragédia de Hillsborough mudou o futebol inglês. Arquibancadas em forma de degraus e cercas metálicas ao redor dos gramados foram substituídas por arenas mais modernas com cadeiras e segurança reforçada.

Mas os familiares das vítimas e os sobreviventes foram obrigados a lutar durante décadas para reverter as conclusões originais, segundo as quais as mortes foram acidentais, e as afirmações iniciais da polícia de que torcedores do Liverpool bêbados e sem ingressos invadiram setores superlotados.

O júri inocentou os torcedores, e David Duckenfield, o comandante policial a cargo da segurança da partida, admitiu ter mentido ao dizer que os torcedores haviam forçado a abertura de um portão, confessando que sua incapacidade de fechar um túnel de acesso foi a causa direta da perda de vidas.

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